Comentário 138 01 de julho de 2012
No Oriente Médio
-
A questão nuclear é pretexto. O que os Estados Unidos querem é que o
Irã só venda petróleo em dólar e procuram dobrar-lo impondo sanções
econômicas, inclusive para quem comprar petróleo iraniano. Avaliam que
com 1sto Teerã perderá US$ 8 bilhões em receitas por trimestre.
A
China é a pedra no sapato; por depender do petróleo iraniano não pode
aceitar a imposição, muito menos um ataque àquele país, a menos que
tenha garantido seu abastecimento por outras fontes, o que não parece
possível. Do contrário, a China defenderá o Irã (quer dizer, seu
suprimento de petróleo) com unhas e dentes.
Alguém
terá que ceder. Ou o Irã volta a vender petróleo só em dólar, ou os EUA
aceitam a queda do predomínio de sua moeda. O primeiro sinal de
acomodação foi dado pelos EUA, anunciando que não fará sansões contra a
China, mesmo que ela continue a comprar petróleo do Irã. Se todos
cederem alguma coisa pode não haver guerra, mesmo com a continuidade do
programa nuclear persa. Entretanto neste caso é possível que Israel se
sinta ameaçada e desencadeie a guerra. Aí a sorte das batalhas decidirá o
futuro.
Nas Américas
–
Não adianta espernear, o impeachment no Paraguai foi legal e
democrático, segundo as leis deles. Teve também legitimidade? Não
interessa, veio para ficar. É provável que o impeachment tenha sido
estimulado pelos EUA, contudo a suspensão do Paraguai na reunião do
MERCOSUL foi uma medida injusta, certamente inspirada por uma espécie de
solidariedade esquerdista. O
nosso País deveria não se imiscuir na política interna de seus vizinhos.
Também não tínhamos motivos para defender a figura execrável do bispo
apostata, tão nosso inimigo como o Evo Morales. Mas...
Um
efeito colateral benéfico do presente caso foi a entrada da Venezuela
no Mercosul. O Paraguai impedia, certamente por pressão norte-americana.
é o motivo presumível para o veto paraguaio a entrada da Venezuela no
MERCOSUL. O fato é que quanto mais hostilizarmos o novo governo
paraguaio, mais o jogaremos nos braços dos EUA Washington
pode muito bem estar contando com o isolamento do Paraguai, no âmbito
da região, para estreitar suas ligações com esse pequeno país e
transformá-lo em ponta de lança contra as pretensões de maior autonomia
de Brasil e Argentina.
Agora
é olhar para o futuro. É ilusório sonhar com uma integração
sul-americana, ainda que possamos ser aliados. Podemos contar com o
possível afastamento do Paraguai. Teremos problemas; Existe UHE de
Itaipu, importante fornecedora de energia para o Brasil, construída na
fronteira entre Brasil e Paraguai, que poderíamos ter construído nas
Sete Quedas, totalmente em território nacional. Que aprendamos a não
depender dos outros e cancelemos a construção das usinas previstas nas
fronteiras. Temos os problemas dos brasilguaios. Preparemo-nos para
recebê-lo de volta, (os que quiserem), oferecendo-lhes lotes de terra
como fazemos com o MST. Certamente serão mais pr
odutivos. Um dia aprenderemos, com os Estados Unidos, a protegermos
nossa gente e nossas empresas. Poderemos dar solução para tudo; com um
pouco de inteligência e vergonha na cara.
No Mar
– Mais problemas para o futuro próximo: A maioria das áreas do Pré-Sal está realmente em mar internacional. Quanto maior a escassez, mais ambicionada será. Os
Estados Unidos não ratificaram o tratado internacional que aceita a
faixa de 12 até 200 milhas da costa como pertencente ao domínio
econômico exclusivo do país, apesar de 150 nações das 190 existentes já o
terem ratificado, porém será muito custoso explorar o Pré-Sal sem
utilizar bases logísticas no Brasil. Claro que haverá negociações, com
ameaças implícitas ou explícitas. Além da habilidade, o êxito das
negociações dependerá da nossa força e da nossa coesão.
Na “Frente” Interna. Boas e más notícias
Boas notícias
- O atual governo não mais desprestigia as Forças Armadas, como fazia o
governo anterior. Destinou R$ 1,527 bilhão para a compra de
equipamentos para as Forças Armadas. Serão adquiridos grande número de
caminhões, 40 carros de combate Guarani e 30 veículos lançadores de
mísseis Astros 2020. Todos de fabricação nacional. Isso dá um primeiro
passo para reativar a indústria nacional de material bélico e diminui
(ligeiramente) a nossa debilidade militar.
-
As corajosas medidas econômicas da atual Presidente estão no caminho
certo. Já diminuíram os gastos com viagens internacionais e muito do
dinheiro empregado em especulação financeira está migrando para
atividades produtivas.
Más notícias -
Em época de crise, para manter a ordem é indispensável a identificação
do governo com sua força militar. Para isto não basta comprar
equipamentos. Ainda necessita de atualização nos soldos, pois se
desagrada aos altos escalões o receber menos do que os ascensoristas do
Congresso, nos escalões mai baixos a penúria é tal que a fome ronda os
lares. Nesta situação, a Força armada deixa de ser a garantia de um
governo e passa a ser um perigo para o mesmo. Principalmente se for
espicaçada em seus brios, com provocações revanchistas de uma
tendenciosa Comissão da “Verdade” ou imposições de colocar placas com
dizeres humilhantes na própria Academia Militar
–
O As invasões rurais acabarão por encontrar reação armada se a Justiça
continuar não funcionando. As exigências indígenas ampliam-se a ponto de
se tornar insuportáveis. MST preconiza ações de guerrilha urbana, e
estas podem eclodir com intensidade. Tudo isto orquestrado do
estrangeiro e não estamos percebendo. O pavio está aceso.
-A
chamada transição demográfica preocupa. O encolhimento da nossa
população fará com que não possamos ocupar o nosso território, bem como a
imbecilidade de isolar as terras indígenas. O envelhecimento
populacional irá resultar, em média, em cerca de 1 milhão a mais de
idosos por ano nas próximas quatro décadas e se o número de jovens
encolherá. Não haverá sistema previdenciário que agüente. É
indispensável uma política de incentivo à natalidade (responsável).Nesse
sentido o projeto Carinhoso é um passo certo, apesar dos estimulo à
vagabundagem de todo benefício sem contrapartida.
-
A Insegurança Pública já atinge níveis alarmantes, sendo a principal
preocupação da nossa população. Na raiz do problema está a errônea
legislação que protege os bandidos, desarma as pessoas honestas, e
desestimula a resistência. Os “direitos humanos” nunca beneficiam a
parte inocente. O Estatuto da Criança e do Adolescente, garantindo a
impunidade dos jovens assassinos, forma os bandidos que terão décadas de
vida para atuar. Estudos de psicologia social prevêem que, quando a
situação ficar desesperadora haverá uma reação desproporcional, e que os
delinquentes apanhados serão linchados no ato, sem clemência nem
julgamento. O primeiro passo para corrigir será rever a Lei, mas parece
que a atual revisão está na contra mão, pelo jei
to.
O tempo voa, e não volta atrás. Está passando da hora de agir!
Que Deus guarde a todos nós
Gelio Fregapani
O "Maquiavelo" de hoje, de Washington, o ministro der defesa (anteriormente director da CIA)tem explicado o "plano geral" 28.6.2012 aos congressistas de EUA com titulo: "U.S. Global Partnership & Policy": Mais bases militares em mais paises, com "Instrutores" dos EUA - mais com tropas dos "parceiros nativos", armadas com equipamentos comprados da industria armamentista dos EUA. Europa tem que pagar mais dos custos. Concentracao na Asia e Orienta Medio. America Latina: Chile e BRASIL como "parceiros" dos EUA para manter a "seguridade" na America Central e na Africa. (Veja: usip.org)
ResponderExcluirLEON PANETTA e o Ministro de Defesa e anteriomente Diretor da CIA, dos EUA. O lugar foi o "U.S. Institute of Peace) - perteneciente ao U.S. Congress. (28.6.2012
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