segunda-feira, 16 de julho de 2012

Petróleo e Geopolítica; Questões Nacionais e Sul-americanas



Petróleo e Geopolítica – Opiniões contraditórias
     Uma opinião -  O mundo atingiu a taxa máxima de produção possível e não há nada a fazer quanto a isso. As soluções apregoadas como os xistos betuminosos, folhetos, bicombustíveis e renováveis em geral não conseguirão cobrir o déficit da produção que se avizinha. Acontecendo o anunciado fim da era do petróleo nada será como dantes, mas muito antes do fim muita coisa acontecerá.
      Os remédios tecnológicos podem atenuar, mas não resolverão o problema. Os breves cem anos de crescimento proporcionados pelo petróleo estão acabando e isso abalará o já precário equilíbrio mundial. Já causou as sucessivas agressões para a captura das reservas remanescentes no mundo, com as invasões do Iraque, do Afeganistão, da Líbia, as ameaças atuais à Síria e ao Irã. Estamos na iminência de fortes abalos  no sistema mundial.  Com o pré-sal e sem força militar, o Brasil que se previna.
      Outra opinião -  Um aumento previsível de produção de petróleo pode levar o mundo a superprodução antes do fim da década.  O mundo terá brevemente cerca de 5 milhões de barris/dia em "capacidade ociosa" se a demanda continuar fraca por causa da recessão e a capacidade de fornecimento continuar a crescer. Pelas perspectivas de produção, o suprimento saltará de 93 milhões de barris/dia em 2011 para 110,6 milhões em 2020, provavelmente superando em muito a demanda.
      Tecnologia é justamente a razão do aumento na produção. O excedente será puxado pela retomada da produção no Iraque, mas principalmente, pela exploração de fontes não convencionais de petróleo em três países: nos EUA, no Canadá e no Brasil. O maior acréscimo virá dos EUA com a nova tecnologia que permite extrair petróleo de formações rochosas antes inacessíveis. A única condição é um preço mínimo de US$ 70 por barril, que viabilize a extração nos folhelhos dos EUA, nas areias betuminosas do Canadá e no pré-sal brasileiro. O centro de gravidade do petróleo no fim desta década não será mais o Oriente Médio. Geopoliticamente isto colocará os EUA numa posição muito mais confortável, sem mais depender do Oriente Médio.
      Conclusões: O cenário provável será intermediário, pelo menos nas próximas décadas. O mundo e o Ocidente dependerão menos do petróleo, principalmente do petróleo do Oriente Médio, mas as guerras pelas reservas remanescentes continuarão a ser uma ameaça para todos os produtores.

 Tambores de Guerra
       O Irã ameaça interromper o estreito de Ormuz com milhões de minas e mísseis, se for atacado    
      Os EUA localizam seus Porta-aviões e submarinos nas costas da Síria e preparam para uma eventual desminagem do estreito.
     A Rússia está convergindo para o Mediterrâneo, navios das suas três maiores frotas (Mar do Norte, Báltico e Mar Negro.)
     O barril de pólvora está exposto. Só falta uma fagulha. Contudo, o equilíbrio de forças pode garantir a paz.

Continua a Guerra de 4ª Geração - 
      Continua a campanha terrorista-ambiental para impedir que o Brasil se desenvolva. A batalha no momento é em função da hidrelétrica de Belo Monte. A Polícia do Pará concluiu o inquérito sobre a destruição no dia 16 de junho nos canteiros de obras. Os ativistas não índios presos por envolvimento na depredação se recusaram a falar no depoimento. Os índios nem foram presos.
      A depredação foi organizada pelo Movimento Xingu Vivo para Sempre e pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi). Contou com a ação de índios da etnia Munduruku, de Mato Grosso, que nem serão afetados pela obra.
      Durante a depredação computadores foram quebrados, notebooks, celulares e radiocomunicadores roubados, aparelhos de ar-condicionado danificados, móveis, documentos e projetos queimados.
      Os ativistas, ligados ao Cimi e ao Movimento Xingu Vivo para Sempre, foram identificados por imagens, relatos testemunhais e laudos periciais, comprovando o envolvimento dessas entidades na incitação à depredação. Assim como aconteceu nas anteriores, falta uma reação firme do Governo.

A questão nacional e sul-americana
      Precisamos ter claro que os únicos inimigos potenciais que podemos ter no momento são os EUA, a Inglaterra e seus eventuais aliados, e que essas duas potências estão enfrentando tantas dificuldades no presente que provavelmente não estariam interessadas em abrir novas frentes. A atuação mais provável é de guerra de 4ª geração (garantir seus interesses por meios econômicos e psicológicos, só usando tropas em último caso), como já está acontecendo em relação às reservas indígenas. Não temos inimigos entre os países lindeiros. Desses, só a Colômbia e a Venezuela estão realmente armadas.    Embora a Colômbia tenha bases militares norte-americanas em seu território além das forças militares mais equipadas e preparadas da América do Sul, ela está separada de nós por uma imensidão de selva amazônica, exatamente onde estamos melhor adestrados. Por sua vez, a Venezuela se arma apenas para a própria defesa, o que para nós é vantajoso, pois é nossa primeira linha contra os potenciais inimigos que realmente nos preocupem, e além de igualmente separada de nós pela geografia, tem conosco uma história isenta de conflitos e agora ainda tem interesses comuns.
      Tudo indica que questão da mudança de governo no Paraguai teve fatores mais complicados dos que aparecem a primeira vista. A causa ou pretexto seria o Lugo realmente ter um mau caráter, mas até que ponto teria influenciado algum pagamento, quer por firmas privadas quer por governos estrangeiros? Quem realmente desejaria barrar a inclusão da Venezuela no Mercosul? Os EUA, é claro. É fácil deduzir que a troca do governo paraguaio, se não foi patrocinada pelos EUA será aproveitada para meter mais uma cunha numa possível união sul-americana.
      Nossas relações com os vizinhos tem nuances que merecem atenção. Ainda que uma “união” seja apenas uma utopia, devemos ser cautelosos se quisermos manter pacífica a nossa relação, baseando-a em confiança mútua e não em poder. A soberania nacional deve ser o nosso interesse primário. Se desejamos que a nossa seja respeitada, devemos respeitar a dos outros. Em suma, não devemos nem dar opinião sobre o que não é da nossa conta. Isto não impede que aproveitemos os acontecimentos e agirmos de acordo com nossos interesses.
      O aproveitamento do afastamento do Paraguai para o ingresso da Venezuela foi um golpe de mestre. Com seu contencioso com os EUA, aquela nação, cercada pela Colômbia, pela Guiana e pela 4ª Frota, só pode se abastecer no Brasil. Economicamente é do nosso mais alto interesse, mas qual o preço a pagar? Certamente haverá alguma inconveniência. A Venezuela, ideologicamente, propaga a integração de países na luta contra a política americana, e basear alianças em razões ideológicas leva a dificuldades e a ações que não nos interessem caso esqueçamos que entre países não há que falar em amizade ou afinidade, mas exclusivamente em interesses. Contudo, ainda que os EUA possam desejar o controle do petróleo venezuelano, sua preocupação maior é evit ar o fortalecimento político e econômico de um Brasil que dispute os espaços de poder com ele. Nós e a Venezuela, neste momento estamos no mesmo barco em relação a área Ianomami. Ela é, contra a opinião da mídia comprada, o único aliado confiável com que podemos contar.
       Por outro lado, como fica nosso relacionamento com o Paraguai? Dificilmente, mesmo em aliança com os EUA, decidirão se retirar do Mercosul.  Os problemas deles são deles, eles que tratem de resolvê-los como melhor lhes parecer. Temos que nos conformar que certamente indústrias estrangeiras lá se instalarão em busca de energia barata e concorrerão com a nossa indústria no âmbito do Mercosul. Ganharam a energia de graça, mas é deles. Que lhes proporcionem o progresso.
     A verdade é que as entidades supranacionais (ONU, OEA, Mercosul) não tem servido ao Brasil, mas sim se servido do nosso País. Nosso comércio com a Argentina, a segunda maior economia do bloco, tem sido prejudicado cada vez mais por barreiras comerciais que não deveriam haver entre sócios de uma união aduaneira. Nossa política é demasiado tolerante, para não dizer “acovardada”.
      Em nome da boa vizinhança temos suportado o contrabando, os roubos de automóveis, a febre aftosa e outras coisas desagradáveis.  Agora, tratemos de tornar-nos independentes, inclusiva da metade paraguaia da energia de Itaipu, e nunca mais construamos outra hidrelétrica em comum com vizinhos instáveis. A questão dos brasiguaios é importante por se tratar de nossa gente, que deve ser protegida pelo menos tão bem como os protegeriam os EUA se americanos eles fossem. Para garantir a proteção dos brasiguaios, dispomos da concessão do uso do porto de Paranaguá para acesso ao mar e em último caso do fechamento da fronteira, mas além de protegê-los devemos incentivá-los a voltar para a Pátria de onde certamente não teriam saído, se tivessem acesso à terra.
     Finalmente devemos, imperiosamente, ultrapassar a nossa atual fragilidade militar. É claro que se o nosso País começar a se armar unilateralmente causará preocupações em nossos vizinhos, mas enquanto facilitarmos o rearmamento deles, que tem as mesmas preocupações que nós; saberão que apenas queremos nos defender, e até que também poderemos ajudar a se defenderem das ameaças comuns.
    
 O tempo voa, e não volta atrás. Está passando da hora de agir!
Que Deus guarde a todos nós

Gelio Fregapani

Comentário 140    
15 de julho de 2012

2 comentários:

  1. Samuel Pinheiro Guimaraes tem identificado os "primeiros" que apoiaram os golpistas no Paraguai: EUA, Espanha, Vaticano, Alemanha. 2012, Alemanha e o Cavalo de Troja dos EUA na America Latina. Comprove estudando no arquivo on-line da "Fundacao Adenauer" CONFERENCIA DE SEGURANCA FORTE COPACABANA 2010 E 2011. (2010 Nelson Jobim dizia "Nao" contra a expansao da OTAN. 2011 os alemaos chegaram com seus colegas da U.S. Marine Corps University e American University !) O Governo Federal de Alemanha e o Congresso - NAO tem o controle acerca os miles agentes colaboradores alemaos dos EUA, nos ministerios, forzas armadas, agencias de inteligencia: Eles trabalham no exterior e mundialmente para os fims dos EUA. O povo alemao hoje consiste de 50% nazis americanizados (mais abaixo), 25% superfanaticos das ONGs britanicas, somente 25% dos alemaos sao democratas alemaos normais. Todos os partidos politicos da Alemanha mantem "Fundacoes" no Brasil: Todos lutando contra a independencia do Brasil e para os fims geopoliticos dos EUA: Fundacoes: Friedrich Naumann, Konrad Adenauer, Friedrich Ebert, Heinrich Boell, Rosa Luxemburg. Alem a Igreja Catolica da Alemanha apoia o CIMI e as OGNs "verdes". (Mas muito importante: A Alemanha industrial nao e "parceiro" dos EUA, de fato no contrario e concorrencia da industria dos EUA. Assim - a Alemanha industrial, presente com mais do que 1000 industrias no Brasil - e independente e nao e "parceiro" dos EUA, das ONG, Igreja Catolica. A industria alemao no Brasil e util para o Brasil como contrapeso contra a industria dos EUA. A Lufthansa da Alemanha e outras lineas areas na Alemanha - volam na mesma Alemanha com avioes EMBRAER !) 50% dos alemaos soa nazis americanizados - acreditam-se de raca superior. O BUNDES VERFASSUNGS SCHUTZ e uma agencia de inteligencia na Alemanha para "observar" os neo-nazis o os extremistas de esquerda. Houve um escandalo gigante: O BVS tinha pagado neo-nazis para informacao sobre os grupos neo-nazis - e assim financiado grupos neo-nazis liderados por os mesmos informantes. Todo enquanto um grupo terrorista nazi armado assassinou 12 turcos, 2 gregos e uma policia alema - durante 10 anos. Nestos 10 anos - o governo dizia: Sao assassinados entre grupos mafiosos etnicos dos turcos e gregos. Cuando a justicia ao fim comecou uma investigacao - na agencia BVS os mesmos agentes trituraram o arquivo para bloquear a investigacao. Agora o director do BVS tem dimitido. A agencia alemao para exterior - o BND foi fundado pelo comandante da inteligencia militar nazi na frente contra Russia, o General Gehlen. No pasado a BND tinha agentes na Amercia do Sul que foram funcionarios nazis fugitivos. Hoje no Brasil ha um numero de alemaos ativos ligados na propaganda das ONGs contra as PAC, Belo Monte, Portaria 303, Codico Florestal, renovacao urbana, "direitos indigenas": Desfarcados como "jornalistas independentes" - geralmente solteiros com problemas sicologicas, e historias "interesantes".

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  2. Relacionado com o escandalo do VERFASSUNGSSCHUTZ (Agencia para Protecao da Constitucao) na Alemanha -esta semana foram despedidos o director e a cupola da BUNDESPOLIZEI (Policia Federal). A cupola do VERFASSUNGSSCHUTZ tinha permitido a cooperacao de seus agentes com grupos terroristas neo-nazis, e permitido que fossem triturados os arquivos acerca a cooperacao.

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