O GSI e a Inteligência Nacional
Há muitas reclamações do GSI em função do desaparecimento das imagens da Lina. Podem até ter razão, mas a inadequação do GSI tem raízes mais profundas. Deveria cuidar da segurança do presidente e não ser um filtro para os relatórios produzidos pela Abin. Aliás, para cuidar da segurança bastaria um coronel, desnecessário um general de quatro estrelas.
. Qualquer serviço de Inteligência se liga direto com o governante supremo, sem filtros, muito menos de amadores. Não é de admirar que a nossa Abin, não funcione a contento. Engessada nem mesmo receberá missões de verdadeiro interesse nacional, e quando fez por conta própria, como no caso da Raposa, se os relatórios chegaram ao conhecimento do governo em tempo hábil, devem ter sido sem a ênfase necessária para evitar a besteira que foi feita.
Serviço de Espionagem que não espiona.
A Abin continua proibida até de fazer grampos coisa que até qualquer detetive de segunda classe faz. Assuntos conhecidos podem ser interpretados por uma boa equipe de analistas, que até podem projetar cenários futuros, mas os dados realmente importantes costumam ser ocultos e protegidos, isto é “negados” Se for vital o conhecimento deles, nada pode substituir a espionagem.
Proibida de espionar, a Abin pouca coisa fará além de analisar assuntos já publicados. A continuar assim é melhor poupar dinheiro e acabar com o órgão, mas pobre do país que não contar com informações confiáveis
Aquecimento Global
Apesar de 2007 ter sido registrado como o ano mais frio do século, os ecoxiitas insistem em alardear um inexistente aquecimento global, sendo que de fato, estamos iniciando nova era glacial
Pior ainda; que as quase inexistentes grandes queimadas nas florestas brasileiras são as principais responsáveis pelo (inexistente) aquecimento Global. (As queimadas da Grécia e da Califórnia não contam)
Imaginemos as acusações que o nosso País receberá na campanha da Marina.
Caminho do precipício
Por mais que preferíssemos frentes de trabalho ao assistencialismo das bolsas-família, devemos reconhecer que, além de minorar a miséria, elas foram responsáveis, em grande parte, pela manutenção do mercado interno, e em consequencia até da ordem pública. Entretanto, aumentando desmesuradamente as despesas e somadas a outras benesses detonam qualquer orçamento, já comprometido pelos abusos no legislativo. Não me refiro só a coqueluche do momento – o Senado. Pior ainda é a quantidade dos dispendiosos vereadores - milhares de vereadores, cujo número acaba de ser acrescido de mais de sete mil. Continuando o déficit, vai estourar no próximo governo. Seja ele quem for, terminará no buraco se o sistema não for reavaliado...
Complementando: Todo presidiário com filhos tem uma bolsa de R$600,00 para sustentar a família, pois o coitadinho, preso, não pode trabalhar para sustentar os filhos. Pergunta-se: Por acaso os filhos do sujeito que foi morto pelo coitadinho, que está preso, recebe alguma bolsa de R$600,00 porque o pai, morto pelo bandido, também não mais poderá os sustentar?
Bases norte-americanas na Colômbia
Se acreditarmos na possibilidade de forças estrangeiras (do Primeiro Mundo) virem a apoiar a independência de “nações” indígenas, então qualquer presença delas nas proximidades é preocupante. As autoridades que disserem que não, estão enganadas ou enganando.
O presidente Lula, mostrando preocupação, pede aos EUA garantias jurídicas que a atuação americana se circunscreverá à Colômbia. Já dizia Ruy Barbosa: “Uma nação que confia mais em seus direitos do que em seus soldados, engana a si própria e cava a sua ruína”.
A Impossível União Sul-americana
Seria muito bonito apesar da diversidade da língua, mas sempre teu um país em “relações carnais” com os EUA na esperança de tirar vantagem; ontem era a Argentina; hoje a Colômbia e amanhã será a Venezuela após a queda do Chávez.
Um problema igualmente preocupante é que o presidente Lula acha que deve fazer
o possível e o impossível para ajudar os compañeros Morales e Lugo, mesmo em detrimento do nosso País. Isto lhe tira parte do crédito de ter tido, até pouco tempo, uma brilhante política exterior.
Mereça o nosso apoio
Os esforços do presidente para colocar em prática um novo marco regulatório que garanta ao Brasil a hegemonia do óleo e gás do pré-sal estão no caminho certo.
Nenhum país é, na atualidade, tão “generoso” com o estrangeiro como foi o governo FHC como seu “O Petróleo é Vosso” do Zilberstein. Isto tem que ser parado. Sabemos das pressões que o governo recebe, até de algumas das nossas elites. Ainda que exista quem, aborrecido com o vergonhoso financiamento dos apaniguados do poder, e não pensando na própria Pátria, prefira ver os lucros com os estrangeiros do que financiando os adversários políticos; ainda que uma posição nacionalista possa gerar conflitos com os estrangeiros frustrados em suas rapaces expectativas, se o presid. Lula se mantiver firme, neste caso merecerá nosso apoio e aplauso.
Não se amesquinhe, presidente. Em "gauchês" dizemos: "Vê se não te micha, tche!"
Conjuntura política para 2010
Seja qual for o resultado da disputa presidencial a perspectiva é apavorante: Os tucanos são ligados ao Diálogo Interamericano. O grupo governista afundado na corrupção, da qual também não são isentos os demais, e uma terceira via – com o discurso ambientalista – é o sonho da perigosíssima turma de Bilderberg e seria a pior de todos.
O Brasil que o novo(a) presidente receberá estará quebrado pela crise, pelo déficit gerado pela exagerada política assistencialista, e provavelmente dividido em grupos radicais de esquerda e direita, além das artificiais divisões em etnias hostis. Isto num momento em que as pressões estrangeiras podem chegar a um ponto nunca visto
A previsão é de instabilidade, com muita pancada no decorrer do período eleitoral, o que no mínimo deixará uma parcela radicalmente contra o eleito. A confusão e os conflitos são mais do que prováveis. Caso o PT sinta que vai perder, talvez até antecipe a confusão, jogando em ação o peso dos movimentos “dito” sociais como o MST, MAB, Via Campesina, Sem-tetos etc. Quem viver verá. Talvez dê saudade do tempo do Lula.
Que Deus guarde a todos vocês.
APENDICE
(para quem estiver interessado em assuntos de Inteligência)
Abin -- para que deveria servir
Em princípio, as decisões governamentais tenderão a ser tão corretas como os conhecimentos disponíveis. Esses conhecimentos compõem-se de informações coletadas por órgãos encarregados da Estratégia Governamental(GSI e Ministérios) e baseia-se em dados que, com freqüência, são ocultos pelas vontades adversas. Estes dados só podemser conseguidos de forma não convencional. Assim é em todas as nações.
Os órgãos de inteligência servem, em princípio, para conseguir os dados negados, mas altos níveis do Governo devem dizer o que querem saber. Para os conseguir, os serviços de Inteligência usam de todos os meios disponíveis, dos quais o principal continua a ser o primitivo espião. Uma gerência intermediária orienta a busca e analisa os resultados e a administração superior os filtra e encaminha ao cliente, que é normalmente o chefe da nação.
Quais os dados que um serviço secreto necessitará buscar no milênio que iniciamos? Será ainda a disponibilidade do inimigo em carros de combate e aeronaves? O alcance e a precisão de seus mísseis? - Sem menosprezar esses dados, eles poderão ser coletados em fontes abertas pelos próprios órgãos encarregados da Estratégia Governamental.
O certo é que órgãos de Inteligência, em princípio, devem ter os olhos voltados para a atuação e intenções dos outros países e grupos econômicos estrangeiros. Embora, conforme a necessidade, possam também atuar no interior do País e mesmo sobre nacionais, sua missão específica não deve ser vigiar os próprios cidadãos, a não ser quando estejam agindo no interesse do estrangeiro.
A situação atual
Há muito a corrigir na Abin, mas o problema básico está fora de sua organização. Trata-se da ausência de missões. Os altos escalões governamentais não lhe pedem para descobrir algo específico. Sem receber missões, proibida de usar meios eletrônicos, sem confiança em chefes que tentam usá-la na política partidária e com um arremedo de órgão encarregado da estratégia governamental (GSI) bloqueando seu acesso aos clientes, torna-se quase inútil para as atuais necessidades
No setor da estrutura interna, evidencia-se a mais absoluta inadequação. A boa doutrina nos ensina que as estruturas devem ser criadas em função das missões. Não havendo missões, a busca de dados torna-se aleatória; torna-se inútil uma estrutura com superintendências nas capitais e também não tem significado a existência de um órgão central capaz de analisar relatórios que não foram pedidos nem são desejados.
É uma organização cara, sem eficiência para procurar os dados negados e voltada inteiramente para os problemas internos, quase sempre pouco relevantes para a Política Governamental, cujas ações, inevitavelmente, se superpõem às missões específicas da Polícia Federal.
Esse tipo de organização e de procedimento, se já estava obsoleto no final do século passado, mais ainda estará para as situações que presumimos que virão. Para o futuro, nenhuma das instituições nacionais tem maior necessidade de reestruturação do que a dedicada a busca de conhecimentos. As necessidades de conhecimento, inclusive de dados negados, muito mais do que militares, serão econômicas, mercadológicas, tecnológicas, científicas, culturais e religiosas. Para ser mais forte no comércio é necessário algo mais do que ter os produtos desejados, com os melhores preços e melhor qualidade.
Apesar de todas essas qualificações estarem relacionadas com “conhecimentos”, ainda há muito mais a conhecer para conseguir boas relações comerciais e parcerias políticas. Isto requer mais informações e an álises mais abrangentes do que era necessário anteriormente, mas serão informações de tipos diferentes. Mais do que antes, as intenções serão mais valiosas do que os dados frios.
Toda a organização relacionada com a segurança, inclusive os serviços de Inteligência, ao se reorganizar, procura responder a algumas perguntas:
1) Quais são as nossas missões?; 2) Como poderemos cumprir as nossas missões?; 3) Quais são os óbices e as ameaças ao cumprimento de nossas missões?; 4) Que modificações devem ser feitas na estrutura, nos procedimentos, nos meios e para sermos bem sucedidos nas missões?
As modificações necessárias
Estudemos o assunto.
1) Quais são as nossas missões?
As missões de um órgão de inteligência sempre envolverão a busca de dados; muitos deles negados. A natureza dos dados a buscar será função das ameaças aos objetivos nacionais e da busca de oportunidades. Caberá a alta direção política da nação defini-los. A partir dos pedidos é que um órgão de inteligência passa a monitorar e avaliar as ameaças, a descobrir oportunidades a serem aproveitadas, e, eventualmente, atuar, de forma secreta, fazendo o serviço que não possa ser realizado ostensivamente.
Simplesmente se receber missões o nosso serviço de Inteligência já funcionaria, apesar da estrutura inadequada.
É bom que nos lembremos que qualquer coisa que nos permita penetrar num mercado novo no exterior, ganhar uma concorrência internacional, substituir alguma importação por produto feito no País ou substituir o produto de uma multinacional pelo produto de uma firma brasileira, desenvolver ou copiar uma tecnologia melhor, será de interesse nacional
2) Como poderemos cumprir as nossas missões?
Para cada assunto pedido por autoridade competente deve ser organizada uma operação. Nomeado um “encarregado do caso”, este reúne os meios necessários ou disponíveis na forma de “Força Tarefa” e se dedicam inteiramente ao assunto, dentro dos limites em que tiver sido estabelecido pela direção de operações, São usados todos os meios disponíveis, dos quais o principal continua a ser o primitivo espião, infiltrado, ou recrutado entre os que podem ter acesso ao conhecimento desejado, mas também será feito uso das técnicas operacionais, conhecidas por todos serviços de Inteligência e, quando adequados, meios eletrônicos e informáticos.
3) Quais são os óbices e as ameaças ao cumprimento de nossas missões?
Inicialmente a legislação. Caso as leis não permitam a atuação eficiente, será melhor poupar despesas e acabar com o Órgão. Segue-se em importância a estrutura inadequada; com todo efetivo distribuído em superintendências, departamentos e repartições diversas tentando burocraticamente acompanhar tudo dentro do País e leitura de alguns jornais de fora, não é possível se aprofundar num assunto relevante e raramente conseguir um dado negado de importância. O princípio de o único cliente ser o presidente ainda agrava, pois a maioria das necessidades de auxílio dos serviços de Inteligência é dos ministérios, e através destes, das firmas estatais e mesmo privadas nacionais.
4) Que modificações devem ser feitas nos procedimentos, na estrutura e nos meios para sermos bem sucedidos nas missões?
Em primeiro lugar devemos mudar os procedimentos para o recrutamento. Só por acaso concursos públicos selecionarão as pessoas adequadas a um tipo de serviço em todo diferente dos serviços ostensivos. O Órgão precisa poder recrutar a quem necessitar, nos diferentes níveis: oficial de inteligência (analista); auxiliar de Inteligência (especialista) e colaborador (nacional ou não).
Em segundo, alterar a estrutura para propiciar a criação de “Forças-tarefas” para cada caso determinado por autoridade competente. cada Força–tarefa, uma vez criada, prosseguirá na sua missão até sua solução do caso ou ordem de ser desfeita. Nos locais julgados relevantes, no País e principalmente no exterior, deve haver um “Residente” não ostensivo, em caráter permanente, que não tomará parte nas operações das Forças-tarefa, mas as auxiliará com orientação e informações que normalmente só um Residente poderia obter. Fica evidente que as dispendiosas Superintendências Estaduais não mais terão razão de existir. Sua extinção propiciará substancial economia, que passará a ser empregada em casos concretos.
Na sede, os Departamentos devem se adequar à nova dinâmica, ou seja o Departamento de Administração, no setor de pessoal deverá abranger o recrutamento, a formação, o aperfeiçoamento e a especialização, além do setor financeiro; o Departamento de Ciência e Tecnologia deverá desenvolver ou adquirir os mais avançados petrechos e dispositivos adequados a obtenção de dados negados, escolher o pessoal certo para recrutado, adestrá-lo e treiná-lo em suas funções. O Departamento de Operações será o encarregado da coordenação e controle dos Residentes e das Forças-tarefa. Este Departamento apresenta os relatórios à Direção Geral, que dará conhecimento à autoridade que determinou a abertura do “caso” ou mandará que o próprio “Encarregado do Caso” o f aça pessoalmente, se for conveniente.
Quanto a contra-Inteligência, é uma função mais afeta a Polícia Federal
Proposta
De imediato:
a)Interromper o processo de recrutamento por concurso
b)Escolher as localidades mais importantes no País e no exterior para a colocação de “Residentes”
c)Extinguir as Superintendências Estaduais
d)Nomear comissão para sugerir as adaptações nos Departamentos a fim de adequá-los ás novas missões.
e)Consultar o Governo Federal sobre o que quer saber, e quais as prioridades. (O Governo não tendo resposta apresentar uma lista de sugestões)
Em curto prazo:
a)Nomear os diversos “Residentes”
b)Verificar, da lista do que o Governo quer saber, quais a disponibilidade de atender. Havendo, nomear “encarregados de caso” para cada missão.
c)Levantar as necessidades em pessoal para o cumprimento das missões e iniciar o recrutamento do que falta
d)Equipar as Forças-tarefa com os meios necessários e disponíveis
e)Realizar as adequações nos Departamentos
Em médio prazo
a)Passar as funções de Contra-Inteligência para a Polícia Federal, conservando apenas a vigilância sobre o pessoal próprio, orgânico, requisitado ou colaboradores.
b)Equipar o órgão com meios eletrônicos, informáticos.,de vigilância aérea por veículos não pilotados e outros adequados ao bom cumprimento de suas missões.
c)Tendo em vista o desenvolvimento futuro, desenvolver uma coordenadoria de hackers para auxiliar as missões onde for compatível.
d)Acompanhar o que houver de mais avançado no setor de busca de informações negadas.
Considerações finais
Nós, brasileiros, considerando como nossos principais objetivos nacionais o desenvolvimento, a justiça social e a integridade territorial, podemos identificar como ameaças a situação da economia, a insegurança pública, as barreiras aos produtos brasileiros, a desnacionalização da indústria e das jazidas minerais e a possibilidade de separatismo das artificiais “nações” indígenas. É dentro deste quadro que os nossos serviços de Inteligência têm que verificar quais os motivos de suas missões.
Sobre esta última, uma das missões seria verificar o que está conduzindo os índios a não se integrarem, a formarem uma comunidade à parte, e como interromper esse processo
A obtenção das informações protegidas ou simplesmente negadas é a missão de todo o serviço secreto, e a viga mestra de toda a estrutura é o espião. Na prática, a maior parte dos dados negados é realizada por colaboradores, pagos ou não, de algum modo convencidos a colaborar e que possam ter acesso aos dados. O recrutamento e o controle desses colaboradores e seu pagamento, se houver, fazem parte das funções das Forças-tarefas, que devem receber os meios necessários.
Além das missões de espionagem propriamente dita, a maioria dos serviços secretos usa seus elementos orgânicos ou colaboradores para uma série de funções e especialidades técnicas, que vão de chaveiros a hackers. A estes podemos chamar de auxiliares de inteligência. São de difícil formação; normalmente são recrutados prontos.
Poder-se-ia argumentar que um eficiente serviço de Inteligência enfeixaria demasiado poder nas mãos. É real, mas poder também tem as Forças Armadas, o setor financeiro, os órgãos de comunicação, o judiciário, a polícia, a Industria e muitos mais. O Poder Nacional é a resultante da soma harmônica desses poderes. Quando falta algum, falta uma das colunas que sustentam o edifício. Em caso de tempestade, ele desaba.
Gelio Fregapani
Comentário da semana nº 48
30 de agosto de 2009
sábado, 29 de agosto de 2009
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