A Ameaça velada
Nas relações internacionais, o poder do mais forte é aplicado sempre que estão em jogo interesses importantes ou vitais. Se a opção militar for necessária para resolver um conflito, uma potência empregará as Forças Armadas desde que o oponente não tenha capacidade de dissuasão. Assim fizeram todos; os EUA a Inglaterra, a Alemanha, e Rússia na Europa, na Ásia, na África e na América, e assim farão na Amazônia se lhes interessar, pois as Forças Armadas brasileiras estão incapacitadas para resistir à intervenção militar de potências, em face do absoluto e indesculpável desprezo de sucessivos governos pela defesa nacional.
As sociedades que atingiram um elevado nível de vida consomem quantidade de recursos naturais que não podem prover a partir dos próprios territórios. Pode ser vital para elas, garantir o acesso ou negá-lo a seus rivais e, para isso, projetam poder político-militar para controlar áreas detentoras de tais recursos e regiões de alto valor geopolítico.
Na Amazônia, talvez a principal dessas áreas, aplicam uma estratégia velada para impor-nos a soberania compartilhada na região. Tem tido êxito; nosso governo se dobra negociando soberania por interesses sem ver ameaça na demarcação de terras indígenas na fronteira, financiadas por potências alienígenas, inclusive os EUA. A segregação, imposta pela Funai, impedirá que populações indígenas se sentam brasileiras por não estarem integradas à Nação. Esta é a herança maldita que nos passam a Funai e suas ONGs, muitas delas lideradas pelo marido da Marina Silva, e inexplicavelmente aceito por um presidente que se diz nacionalista.
Força e Coragem
Não se entende o nosso comportamento covarde diante das injustas ofensas e agressões, contra o patrimônio do povo brasileiro, e menos ainda diante dos maus tratos que os brasileiros vêem recebendo em outro países. Seria por debilidade militar? Em parte, certamente, mas nos preparando militarmente dissuadiremos muitos dos que contrariem nossos justos interesses. Lamentavelmente, além de não nos armarmos, passamos como a que pedir desculpas por nossa força industrial e pelo enorme "pecado" de expandirmos nossas empresas para os países vizinhos, fazendo assim papel de um País fraco e indeciso. Já dizia Maquiavel:´ “Entre outros males, estar desarmado significa ser desprezado”
Como ser respeitados se entregamos nossas riquezas minerais sob a fachada de reservas indígenas e cedemos às mais descabidas exigências de qualquer ambicioso? Desarmaram-se nossos homens de bem e os aconselhamos a nunca resistir aos bandidos? Os outros diante disso, riem da assinatura por nossos diplomatas na ONU, do tratado apoiando a formação de "nações indígenas" dentro do próprio Brasil. Como respeitar um País que faz isso contra si próprio? E ainda foi o único a fazê-lo! Quem respeitaria uma potência que abre mão de produzir armamentos de grande poder dissuasório, para sua própria defesa?
O Brasil é o único dos BRIC que abriu mão de armas nucleares e de mísseis de largo alcance; e, sendo assim, é o único indefeso de fato, e passível de ser invadido desse grupo apesar de ser o de maior potencial do planeta.
Por falta de disposição de ir até a guerra se necessário, e atrairemos toda a sorte de desgraças. Até agora tivemos soberania fictícia, aceita e as vezes mantida por outros enquanto fosse do interesse deles.
Agora temos o pré sal. Algum produtor de petróleo garantiu a paz sem ceder tudo? Só tendo coragem e força para dissuadir. Falta-nos a força. A força se monta. Falta mais ainda coragem ao governo. Coragem é do tamanho que a gente quer.
Xenofonte no livro “Ciropédia” transcreve as palavras do jovem príncipe Ciro, da Pérsia ao seu tio, o rico rei da Média: “Se mostras força e não tens riquezas, te deixarão em paz. Quando muito procurarão a tua aliança. Se tens riquezas, mas mostras ser forte, ainda assim te respeitarão, mas cuidado para não enfraqueceres, porque se tens riquezas e não tens força para as defender atrairás todas as ambições quer dos inimigos quer dos antigos aliados”
Pré Sal
Ainda existem riscos de algo não dar certo no pré sal, mas apostando que dará, o anunciado novo marco regulatório para a exploração representa "uma virada nacionalista" para o Brasil, que pode nos transformar em uma grande potência mundial de energia.
Não ficará barato; as empresas estrangeiras confinadas a papéis secundários, esperneiam, e no primeiro mundo os governos protegem suas empresas como protegem suas Forças Armadas. Os lobistas das multinacionais, jogaram forte contra às mudanças na legislação do petróleo. A estratégia é clara: ganhar tempo e eleger candidatos que aceitem seus propósitos. Alardeiam vantagens do regime de concessões implementado por FHC, que forçou a Petrobras a admitir associação com outras empresas, notadamente estrangeiras, em infame manobra desnacionalizante
A imprensa estrangeira já comenta que para superar os desafios dos novos campos, a quilômetros sob uma camada de rocha e sal, o país precisará de ajuda, mas "poderá não atrair a colaboração a menos que ofereça aos parceiros termos mais lucrativos". Lembram ainda que "alguns observadores questionam a suposição de que a extração do petróleo é certa”. Na verdade as multinacionais não trouxeram contribuições importantes, muito menos na área tecnológica
O espernear das firmas prejudicadas já seria esperado, mas no País, também a parte burra da oposição também cria obstáculos a uma das poucas coisas boas que o governo faz, inclusive reclamando do prejuízo ao meio ambiente. Com isto só conseguem jogar os eleitores nos braços do Governo, por mostrarem que são ainda piores.
No atual, regime de concessão, o Brasil recebe, hoje, menos da metade das vantagens que recebem os países exportadores mundiais, onde a média é 84%. Concessão, só nos EUA, mas lá as empresas são todas norte-americanas ou no máximo anglo-americanas. Aqui seriam empresas estrangeiras, casualmente do mesmo dono das de lá. Respeite-se os contratos já estabelecidos, mas não o estendamos ao pré sal .
O presidente está certo no novo marco regulatório. Pessoalmente o desprezamos por sua fraqueza ante as exigências descabidas dos países vizinhos, e junto com as gerações vindoras, o amaldiçoaremos se o nosso País se dividir em nações étnicas por culpa dele, mas no caso do petróleo, goste-se ou não dele, é nossa obrigação apoiar.
Marina
A propaganda verde aponta certa ex-ministra como a incorruptível. Aquela que prefere perder o pescoço a perder o juízo. “Só” agora o PT parece perceber as falcatruas dela; a imprensa já está anunciando as doações feitas a seu marido Fábio Vaz de Lima, líder de um pool de ONGs chamado GTA, e as irregularidades que praticava. Os órgãos de inteligência já sabiam disto há muito tempo, em conseqüência o governo deveria saber.
- A propósito, aparece a sigla “GTA" nas fotos da “santa Dorothy”, aquela freira que não cuidava da religião, mas promovia conflitos rurais. Qual seria a ligação entre a evangélica Marina e freira pseudo-católica?
Que Deus guarde a todos vocês
Gelio Fregapani
Comentário da semana nº 49
06 de setembro de 2009
APÊNDICE
TRÓIAS INDÍGENAS
Pelo General Luiz Eduardo Rocha Paiva
A decisão do STF sobre a Raposa Serra do Sol manteve a demarcação em terras contínuas. Perdeu-se a oportunidade de corrigir a sucessão de equívocos que, há duas décadas, vão consumando a perda de soberania e integridade territorial na Amazônia. Uma mudança de rumo levaria ao questionamento interno de várias demarcações e, por isso, a pressões externas sobre um País intimidado diante de reações internacionais que prejudiquem interesses menores, principalmente no campo comercial.
Um País que ignora ou despreza as lições da história sobre as relações de poder entre nações e, assim, arrisca irresponsavelmente a segurança de futuras gerações a quem caberá pagar a conta. A Amazônia não é uma questão de direito, mas sim do jogo internacional de poder, onde a estratégia do mais forte molda o direito de acordo com o seu interesse.
O que explica a visita do Príncipe Charles ao Brasil às vésperas da decisão do STF? Veio dar um recado!
As ressalvas impostas pelo STF, algumas já existentes na legislação, não eliminam a ameaça. Existem fatos consumados! Há imensas terras indígenas (TIs), nas fronteiras, onde o Estado cedeu sua autoridade a ONGs e outras organizações, muitas sem compromisso com o Brasil, e que representam potência s por quem são sustentadas.
Tais organizações não consideram os indígenas cidadãos brasileiros e querem sua reunião em nações autônomas. O Brasil, inexplicavelmente, votou a favor da Declaração de Direitos dos Povos Indígenas,que inclui o direito à autodeterminação, a vetar operações militares, a estabelecer instituições políticas, econômicas e jurídicas e a aceitar ou não medidas administrativas do governo nas TIs. É uma autonomia superior à dos estados da Federação e o artigo 42 da Declaração permite respaldar a intervenção internacional para impor os termos do documento. É a
balcanização do País!
As potências ocidentais, desde o início dos anos 90, aplicam contra o Brasil uma estratégia tácita e velada para impor-nos a soberania compartilhada na Amazônia. São ações sucessivas exitosas, pois a Nação a elas se dobra voluntariamente, tornando efetiva e interna uma ameaça antes latente e distante. Ressalvas não revertem fatos consumados! Os conflitos nos Bálcãs, no Oriente Médio e na Ásia Central e a destruição da Sérvia pela OTAN são provas cabais para quem não vê a Amazônia como
alvo. Nas relações internacionais, vale o direito da força e não a força do direito. A Resolução da ONU autorizando a intervenção da OTAN no Kosovo tinha como ressalva manter a integridade territorial da Sérvia.
Hoje, o Kosovo é independente.
As sociedades das potências ocidentais atingiram um elevado nível de vida e consomem imensa quantidade de recursos, que seus países não podem prover a partir dos próprios territórios ou precisam tê-los como reserva estratégica. É interesse vital garantir o acesso privilegiado a matérias primas e, assim, projetam poder político-militar sobre áreas detentoras de tais recursos. Precisam, portanto, manter o status de potências dominantes para controlar regiões de alto valor geopolítico ou negá-las
a seus oponentes.
Eis o cenário de crise, que se está desenhando há duas décadas:
“Os recursos da Amazônia brasileira e sua posição geopolítica são vitais para as grandes potências – EUA, Grã-Bretanha, França e outras – contra quem o Brasil não tem capacidade de dissuasão. Não lhes interessa surgir um poder competidor, que controle a região e usufrua soberanamente de seus recursos".
Prossegue, em âmbito mundial, a campanha que acusa o Brasil de não ter condições de gerir a Amazônia, preservar o meio ambiente, proteger as populações indígenas e coibir o tráfico de drogas e outros delitos transnacionais.
Advoga-se a ingerência internacional para assegurar o desenvolvimento sustentável da região e o aproveitamento de suas riquezas ‘pela comunidade de nações’; deter a destruição da floresta, que alegam ser uma das causas principais do aquecimento global; e, ainda, proteger os ‘povos indígenas’.
A autoridade brasileira na região está bastante comprometida e é contestada internacionalmente. No futuro, grandes populações indígenas desnacionalizadas e submetidas às ONGs internacionais vão requerer a autodeterminação de TIs e a proteção da ONU. Estas condições objetivas e outras servirão como pretexto para uma resolução da ONU ou uma declaração de potências coligadas, impondo a soberania compartilhada na região, sem a necessidade do uso da força ante um País que perdeu a
vocação de grandeza.
Porém, se um novo Brasil reagir, a campanha será intensificada nos campos político (pressão), psicossocial (propaganda adversa e guerra psicológica), econômico (embargo) e científico-tecnológico (boicote), aplicando- se a estratégia indireta para evitar o custo de uma operação militar.
Se, ainda assim, o País resistisse sofreria a escalada da estratégia indireta, a que se somariam ameaças de ocupação, bloqueio e danos em áreas sensíveis da infraestrutura nacional com emprego do poder militar não, necessariamente, na Amazônia (estratégia direta)”.
A soberania compartilhada será exercida pela imposição de diretrizes e pelo uso privilegiado dos recursos da região, deixando-nos o ônus da administração sob fiscalização estrangeira.
Não implica a conquista militar de toda a região, basta controlar um ponto forte para usar como moeda de troca. A ameaça principal está na calha norte do rio Amazonas, pois é mais exposta a ações militares estrangeiras que a fronteira a oeste e ao sul da Amazônia. Ao norte estão as guianas, prováveis cabeças de ponte de potências da OTAN como aGrã-Bretanha, França e Holanda, com quem mantêm laços históricos, e os EUA.
A política indigenista segregacionista transformou terras indígenas em tróias indígenas e as potências nos deram os cavalos – as ONGs – um autêntico “presente de grego”. Em Tróia houve ingenuidade, mas no Brasil há, também, miopia, conivência ou omissão de toda Nação.
O final desse filme é conhecido!
domingo, 6 de setembro de 2009
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