Petrobrás
A Raposa foi esquecida. Também as viagens dos deputados. O principal assunto da mídia refere-se a Petrobrás.
Criada pela garra e teimosia do nosso povo, quando se afirmava não haver petróleo em nosso território e agora, com a promessa do pré sal, tem, sem dúvida, suas mazelas. Foi, nos governos militares e mais ainda durante os desgovernos civis – corruptos e prevaricadores – usada para agasalhar apaniguados do poder quando rejeitados nas urnas.
Somente o seu poderio e o temor da reação popular fizeram que sobrevivesse ao período FHC, quando tentou-se desnacionalizá-la (diferente de privatizá-la) tal como conseguiram com a Vale do Rio Doce
No momento a CPI. Ainda que seja criada somente para atingir o governo, vem em boa hora se evitar que a administração dos não-eleitos do PT atrapalhe demais. O problema é a forte possibilidade de que a legítima investigação parlamentar sobre as caixas-pretas da Petrobrás seja sacrificada no consórcio entre um governo alarmado e seus aliados Renan/Jucá.
Círculos governamentais acusam o governo FHC de querer vender a Petrobrás. Lembram, entre outras coisas, que a gestão do PSDB foi responsável pela quebra do monopólio do petróleo, pela venda das ações da Petrobrás na Bolsa de Nova York por menos de 10% do seu valor real. Mesmo jurando que não, ainda ressoam as palavras ”O petróleo agora é vosso”.
Uma parte da Petrobrás já está perdida, tal como o território da Raposa. Agora teremos que retomar. Duvido que neste governo, e tão pouco no próximo
Funai – evidências de corrupção
Há índios na Suíça? – pois Mércio Gomes, presidente da Funai, tem viajado muito para ampliar seus conhecimentos sobre povos e etnias distantes, examinando com afinco os hábitos dos moradores de Genebra, na Suíça.
Deve ter muito a fazer lá; Visitou a cidade sete vezes desde que assumiu o órgão. Em média uma passada lá a cada cinco meses, além de ter ido três vezes aos Estados Unidos, duas à Inglaterra e a cinco países da América Latina.
No Brasil, seu destino preferido é o Rio de Janeiro, onde tem vários familiares. Para lá voou 118 vezes, pagando com o nosso dinheiro. Nos últimos 35 meses teriam sido emitidos 235 bilhetes aéreos em nome de Mércio Gomes. Já se sabe que a maioria em fins de semana.
O caso, revelado na semana passada pelo jornal O Estado de S. Paulo, levou o procurador Lucas Furtado a abrir inquérito. Teriam sido torrados 252.000 reais na compra de passagens.
Reserva indígena ou de mercado?
(resumido de texto de D. Falcão e R. Pacca)
A ONG “CIR”, ligada aos índios que defendiam a demarcação contínua da Reserva Raposa Serra do Sol — recentemente vitoriosa no STF —, negocia uma parceria com o MST visando a produção agrícola na área. Fala em obter financiamento público para a produção de arroz , uma produção amaldiçoada por eles até ontem como destruidora de seu ambiente.
A idéia de demarcação contínua embutiu a finalidade de manter preservada a cultura de seus habitantes e intocadas as terras indígenas. Não visou torná-los "empresários do agronegócio" em parceria com o suspeitíssimo MST. Rejeitava a aculturação. Pelo menos não fazia parte dos princípios que nortearam a errônea decisão do STF.
Pelo jeito, "reserva indígena" poderá significar "reserva de mercado", o que seria coerente com a lamentável política de cotas implementada pelo atual governo, mas profundamente prejudicial aos interesses do país.
Mais uma voz que critica a política indigenista
O deputado federal Giovanni Queiroz (PDT-PA) criticou duramente a criação de reservas indígenas e áreas de proteção permanentes através de Decreto Lei.
"Vamos legislar para regulamentar essa situação. Precisamos sair dessa histeria ambiental e indigenista, como se a criação de reservas indígenas e de proteção fosse resolver o problema do desmatamento na Amazônia".
Estranha-se o silêncio do Exército, que deve ser o primeiro a cuidar da integridade Nacional. Enfim, exércitos costumam falar só pelas bocas dos fuzis.
Meio Ambiente
Já é consenso que o ambientalismo está sendo usado para impedir o progresso, mesmo matando os empregos. O próprio presidente Lula criticou recentemente a demora no licenciamento ambiental. Ao inaugurar o aeroporto de Cruzeiro do Sul (AC), no final de abril, o presidente disse que, no Rio Grande do Sul, uma perereca paralisou as obras durante sete meses, até que se descobrisse se o anfíbio estava ou não em extinção.
Recebi noticia(espero a comprovação)que:
1 - Eros Grau acabou condenado culpado em um processo de violação contra a lei de licitações. O processo era antigo. Foi aberto bem antes de ser indicado por Lula para o STF. Afinal, só poderia atuar na suprema corte quem tem reputação comprovadamente ilibada.
Quem tinha processo antes de ir para lá sequer deveria ter ido para lá. Se a notícia for verdadeira, o STF e seus julgamentos perdem a legitimidade.
2 - A Comissão “de anistia ou direitos humanos" já desperdiçou mais de 2,9 BI e ainda tem uns 100 mil pseudo perseguidos pela ditadura. Com tantos perseguidos é de se admirar como morreram tão poucos.
Uma apreciação política
Ainda que aplaudindo a expansão comercial feita no atual governo, angustia-nos profundamente a divisão que separa o País em etnias hostis, bem como a rendição diplomática face as injustas exigências da Bolívia, Paraguai e Equador.
Nada mais se pode esperar do dirigente maximo, face a nova situação de crise internacional que sabemos, trará exigências descabidas que só podem ser contidas por atitudes firmes escudadas em força militar
Vemos, com inveja, as atitudes desassombradas de pequenos países como Israel ou mesmo o Irâ, que enfrentam todas as pressões em defesa de seu interesse nacional, enquanto o gigantesco Brasil se encolhe acovardado.
Como já dizia Camões “Um fraco rei torna fraca a forte gente”.
Nada podemos esperar do provável futuro:
Havendo um terceiro mandato continuaremos uma nação covarde, cedendo a pressões e destruindo a já mínima força militar existente; tendo Lula conseguido eleger seu sucessor, este será uma ou um ex-guerrilheiro internacionalista cuja lealdade se dirige mais ao regime político do que ao País; e se escolhido um opositor, do ideário do FHC, então pior, aí mesmo que o País se desmanchará.
Teremos saída? – Ainda não sei.
Gélio Fregapani
Comentário da semana nº 36
24 de maio de 2009
sábado, 23 de maio de 2009
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