Ainda a Raposa
Terminado o julgamento de cartas marcadas.
Emerge um Homem, em condições morais de merecer até nosso voto para presidente: MARCO AURÉLIO DE MELLO.
Quanto aos demais, destacamos o empenho do Ayres, Lewandowsky e Joaquim em entregar logo a área ao CIR, e ao desleixo e indiferença dos demais. Destes últimos apenas o Peluzzo e o Gilmar mostraram ter noção de Pátria, faltando apenas coragem para resistir as pressões.
Evitaremos comentar as possíveis motivações de cada um, mas quando nossa Pátria comum estiver esfacelada certamente alguns nomes serão amaldiçoados pelas próximas gerações ao longo da História
A derrota no STF não sairá barato ao País. Perdida esta colheita de arroz e secos os canais de irrigação até agora coalhados de peixes, iniciará a fome. A maioria indígena se voltará furiosa contra os índios do CIR, causadores da desgraça. Haverá guerras tribais. As conseqüências, em médio prazo são previsíveis.
O Brasil perdeu a batalha, mas não a guerra. Os deputados Aldo Rebelo e Ibsen Pinheiro apresentaram Projeto de Lei propondo nova sistemática de demarcação de terras indígenas. A proposta cortará o poder da nefasta Funai, que apoiada pelos movimentos sociais, tem posto em cheque o pacto federativo, o direito de propriedade e até a soberania nacional.
Próximos passos dos traidores
Conseguida a tomada da Raposa, os apátridas reivindicarão a Anaro, completando o domínio de toda a mineralizada serra da Cabeça do Cachorro ao monte Roraima. Antes mesmo disto será anunciado a criação do "Território Federal Indígena", abrangendo as reservas. O Brasil seria transformado em uma aglomeração de nações, aglomeração que, mesmo assim seria provisória.
Prestem atenção neste nome: General Monteiro
O general Eliéser Monteiro cuja altivez e postura patriótica são de orgulho para todos os militares, havia sido transferido de Roraima para uma função burocrática em Brasília para ser neutralizado. Decidido a continuar o bom combate, pede transferência para reserva com "a cicatriz orgulhosa do dever cumprido". Obrigado por seu juramento, voltará a Roraima para continuar sua cruzada pela nossa integridade territorial,.
O evoluir do panorama mundial
A crise se avoluma. O principal assessor científico do governo britânico já declara que a escassez de alimentos e energia vai desencadear tumultos, conflitos internacionais e migrações em massa. Os EUA não tem saída a não dar um calote fazendo perder o valor os dólares entesourados na China, Índia, Japão e Oriente Médio. Procuram voltar a fabricar em seu território o que antes preferiam terceirizar: "Buy american".
Certo, eles têm tecnologia e gerenciamento, mas necessitarão de energia e minérios estratégicos. Esta é a razão das ONGs na Amazônia. É verdade, estão procurando alguma parceria conosco, em função do pré-sal e do etanol. Poderia até ser aceita, se eles parassem com a pressão na Amazônia. O lógico é que eles, não conseguindo de outra forma, procurarão tomar o que necessitarem para viver.
O Brasil e a Crise
A crise nos atingirá. Inicialmente pela diminuição das exportações. Isto fará com que circule menos dinheiro. O comércio definhará e as manufaturas entrarão em recessão. A arrecadação fiscal sofrerá rude golpe, comprometendo os programas sociais. A criminalidade tende a aumentar exponencialmente.
É de se esperar , se não um confisco a "La Collor", pelo menos alguma espécie de restrição ao uso do dinheiro acumulado em depósitos e aplicações. Entretanto somos auto-suficientes em alimentos. Podemos viver com o petróleo que temos.
Mesmo atingidos pela crise, o nosso País estará em posição privilegiada se tiver paz, mas a paz é uma hipótese remota se a crise prosseguir; riquezas naturais e debilidade militar sempre atraíram ambições, agora agravadas pelo "estado de necessidade." Neste quadro, torna-se imperioso pensar na própria política interna, assunto que tenho evitado até agora.
Política Interna: Um prognóstico arriscado
Breve. o povo estará sentindo o efeito da crise, e mesmo sem culpar diretamente o presidente, estará insatisfeito com os resultados da política financeira e ambiental, restritiva da produtividade e com a problemática segurança pública.
As antes inexistentes tensões raciais eclodirão, provocadas por políticas governamentais inconseqüentes, trazendo forte divisão interna. A radicalização de elementos da esquerda querendo vingança vem provocando a mesma reação na direita, e isto nunca conduziu a bons resultados. Uma casa dividida não se sustém.
Na próxima eleição, sendo disputadas pelos dois atuais pré candidatos (Serra e Dilma) será decidida por rejeição. O menos rejeitado ganhará, mas nenhum será considerado como representante legítimo pela maioria da população. No momento o mais rejeitado é o Serra (mesmo estando a frente nas pesquisas), mas isto pode mudar na medida em que a crise anule os efeitos dos programas sociais do governo.
As exigências e imposições do primeiro mundo sobre o petróleo do pré-sal e talvez sobre a autonomia das "nações" indígenas, tornando-se evidentes, tenderão a despertar um sentimento nacionalista que em nada favorecerá a nenhum dos atuais pré candidatos.
Aparecendo um novo candidato com um discurso nacionalista, propondo endurecer com o estrangeiro; acabar com a Funai, com o Ibama, com os direitos excessivos dos delinqüentes; e combater a corrupção, provavelmente empolgará a todos como aconteceu com o Collor e anteriormente com o Jãnio. Claro, desde que tenha credibilidade para o que diz.
No momento apontam poucos nomes, no universo nacional, com possibilidade de ter credibilidade em tal discurso: Augusto Heleno, Marco Aurélio e talvez Jarbas Vasconcellos. Não dá para saber se todos encampariam esse discurso, e se, entre os que encampariam, haveria um disposto a enfrentar a campanha.
É, ainda preciso ter em mente, que sempre há possibilidade de, ainda antes das eleições, haver uma instabilidade provocada pelos antagonismos citados, alavancadas pelos interesses estrangeiros, que possam conduzir a uma convulsão social. Apesar de improvável, não se pode descartar totalmente a possibilidade de insurreição nas desmoralizadas Forças Armadas, mas se iniciado um movimento se pode esperar uma adesão quase total.
Todos percebem que a situação está se agravando, e que isto só enfraquece a possibilidade de reação nacional face das prováveis exigências estrangeiras em função da crise e de suas necessidades de utilizar nossas matérias primas. No futuro próximo todos podemos ter nossas vidas modificadas por acontecimentos facilmente previsíveis.
Gélio Fregapani
Comentário da semana nº 29 - 21 de março de 2009
sexta-feira, 20 de março de 2009
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