Retornando ao nosso contato após viagem ao exterior, inicialmente trago as observações que lá fiz:
1 – O dólar não é mais bem-vindo como antes. É evidente a má vontade em recebê-lo no Oriente Médio e na Europa. Parece que muitos já prevêem sua queda.
2 – Inicia a haver respeito pelo nosso País. “Brasil é a potência deste século”, diz até a imprensa. Comerciantes iniciam a ensaiar palavras em português
3 – Não vi preocupação com o aquecimento global, tão badalado aqui.
4 – Há preocupação na Europa com a redução da população, causada pelas baixas taxas de natalidade, e com sua substituição por imigrantes islâmicos.
Já, na Pátria, boas e más notícias
– As boas:
1 -Importante e oportuna declaração do vice-presidente Alencar:
"Os países que possuem armas nucleares são respeitados e não sofrem as intimidações que observam-se diariamente. Possuí-las não significa beligerância e sim capacidade de definir seus destinos, soberania. A história recente vem mostrando que grandes são as pressões para impedir que o clube atômico aumente. Mas os que possuem a bomba não abrem mão dela”
- O nosso vice é um homem de coragem. O modo em que enfrenta o câncer o prova. A forma em que expressa sua lúcida opinião sobre o assunto nuclear, contrariando todas as pressões internacionais me enche de admiração. Que Deus o conserve entre nós por muitos anos e que ele inspire valor aos políticos que o cercam.
2 - Começam a aparecer outros candidatos à presidência além dos já colocados. Pode ser que venha a ser discutido os verdadeiros interesses nacionais, o que seria improvável somente com o Serra, Dilma e Marina. Sendo eleito um destes, o Lula deixará saudade. Ao menos ele tem alma pacificadora, não atormentada. Não vejo bons augúrios com o próximo, infelizmente.
3 – Inicia a haver consenso da necessidade de mudar o código florestal e diminuição das reservas ambientais para desengessar a economia e permitir a ocupação da Amazônia por brasileiros, antes que os estrangeiros o façam. Avante, Aldo Rabelo, relator da medida. Ele é comunista? Pouco importa a cor do gato, desde que cace ratos
4 – A aprovação do ingresso da Venezuela no Mercosul. Até agora nossos sócios ficavam com o “Merco” brasileiro e nós... com o “Sur”. Agora pelo menos teremos um sócio que não fará barreiras aos nossos produtos, pelo menos é o que se espera. A forte rejeição de alguns políticos, motivada quer por interesses dos EUA, quer por simples oposição ao governo não levava em conta que aquele país é nossa primeira linha de defesa da Amazônia, e que, se ele enfraquecer, estará aberto o caminho para a união das áreas ianomâmis em ambos países e a formação de uma nova nação.
- As más:
1 – O caos da segurança pública: a política governamental de desarmamento e acovardamento das pessoas de bem vai atingindo seus objetivos, que são deixar a população nacional completamente inerme e incapaz de resistir aos rapaces bandidos daqui e de fora.
2 – No jogo eleitoreiro acirra-se o antagonismo entre petistas e antipetistas, os primeiros, além da corrupção, forçando a implantação de seus ideais esquerdizantes, e os segundos ao se opor se viram até contra os interesses da Pátria. Se a união faz a força, a desunião só traz o fracasso. Refiro-me ao nosso sucesso como nação, não ao resultado de eleições.
3 – O déficit nas contas públicas, causado pela corrupção, pela má administração e pelas indenizações milionárias a antigos oponentes do governo militar , que ameaça comprometer até o que foi feito de bom.
4 -Tropas do meu Exército, travestidas de capitães de mato, se meteram na aldeia do Flexal para fechar garimpos numa autentica perseguição aos índios que se opunham a reserva contínua na Raposa-Serra do Sol. No princípio não acreditei. Agora me envergonho. Que falta fazem o gen. Monteiro na 1ª Brigada de Selva e o gen. Heleno no Comando da Amazônia!
O caso Vale
São crescentes as tensões entre o governo e a mineradora Vale, a maior produtora de minério de ferro do mundo. Mesmo quando era estatal, a Vale costumava sobrepor outros interesses ao interesse nacional, pois de uma ou de outra forma, organizações estrangeiras influíam na nomeação de sua diretoria. Uma vez privatizada, naturalmente tendeu a desnacionalização, que certamente era o objetivo do grupo FHC.
Inicialmente o atual governo nada fez para reverter as desnacionalizações ou para as pressionar as empresas a agir de acordo com os interesses nacionais, até pedir a Vale que comprasse navios no Brasil. A Vale se negou. É uma companhia privada, não pode ser obrigada a comprar mais caro. Em apoio a ela levantam-se os lobbies do capital estrangeiro e a parcela da oposição que não pensa no Brasil.
É claro que pode e deve ser obrigada a comprar no Brasil. Uma pequena leitura no “relatório sobre manufaturas” de Alexander Hamilton (o verdadeiro construtor do poderio industrial norte americano) nos ensinaria que uma indústria nascente não pode competir sem proteção com uma já estabelecida. Que se não forçarmos o início jamais poderemos desenvolver. Minha dúvida é se o Lula (quando tem boas intenções) terá coragem de prosseguir e enfrentar as pressões estrangeiras. Na Raposa ele não teve.
Está sendo estudada a possibilidade de taxar as exportações de minério de ferro. Represália? Até pode ser, mas é uma medida correta, pois a simples exportação de matéria prima, sem agregar valor, deve ser evitada. Seguramente, se o nosso país decidisse não mais exportar minério mas sim ferro gusa, mesmo perdendo mercados para outros exportadores de minério sairíamos ganhando em dinheiro e em empregos.
Por mais que eu me oponha ás nefastas políticas governamentais da divisão de nossa gente em etnias hostis, de desarmamento de nossa gente, de submissão aos ditames internacionais sobre meio ambiente (que chegam a paralisar obras por causa de uma perereca), me vejo na obrigação de aplaudir as medidas como as da Vale, a taxação do capital estrangeiro que entra, especula e sai e a baixa constante dos juros
Será iminente a maxidesvalorização do dólar?
A moeda norte-americana, na forma atual, parece estar com os dias contados. O “FED”, estaria se preparando para substituí-la por novo modelo, já contemplando a desvalorização planetária em curso .
Leia e veja em primeira mão as reproduções das novas notas de dólar, em: http://www.armindoabreu.blogspot.com/
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Estarei, na próxima semana, estudando in loco mais uma particularidade da Amazônia (hidrelétricas) e adiarei o próximo comentário para a semana seguinte.
Que Deus guarde a todos vocês
Gelio Fregapani
Comentário nº 53
01 de novembro de 2009
domingo, 1 de novembro de 2009
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