terça-feira, 13 de maio de 2014

As sanções americanas, Política Interna, Desindustrialização e Lances do Jogo Geopolítico





As sanções americanas
Os EUA parecem tentar impor seus interesses com sanções econômicas, para derrubar governos hostis ou mesmo usam as sanções para provocar a guerra. Em 1941, quando o Japão avançava na Ásia, os EUA (então oficialmente neutros), cortou o acesso ao petróleo e confiscou seus bens. As sanções eram insuportáveis pelo Japão, que preferiu “morrer lutando a morrer de fome”. Hoje sabemos que os EUA queriam mesmo era um pretexto para declarar guerra. Algo parecido fez no Oriente Médio com o Iraque e depois com o Irã, que não teve meios para revidar militarmente, mas certamente acelerou seu desenvolvimento nuclear, o que quase deu motivo para o ataque. Agora, tenta a mesma tática para com a Rússia. Assinala-se que em todos os casos não eram interesses vitais dos EUA, que estavam em jogo inicialmente, mas certa vocação de polícia internacional desde que ajudasse suas pretensões de hegemonia e seus interesses econômicos. Se as sanções resolvessem, ótimo se não, de alguma forma teriam ajudado na guerra. Nós brasileiros mais velhos nos lembramos amargamente de como bloquearam nosso desenvolvimento nuclear. Se os EUA quisessem ser aceitos como lideres teriam que congregar outras nações em causas justas, como parar o massacre de cristãos na África. Enquanto defenderem apenas seus interesses passa a ser um rival, quando não um inimigo.
E agora, na crise da Criméia, o que querem os EUA com as sanções à Rússia?. Aplicar sanções efetivas à Rússia é mais complicado do que ao Irã, não só pelo potencial militar como pela capacidade de revide econômico, cortando seu fornecimento de petróleo para a Europa. Provavelmente as sanções serão inócuas. Não farão com que os russos recuem nem derrubarão seu governo, mas apenas unirão mais os russos ao governo deles.
E nós, brasileiros, o que temos com isto? – Realmente quase nada!

Lances do Grande Jogo Geopolítico
A Arábia Saudita apresenta suas Forças Armadas Nucleares– Numa parada, dias após a visita do Obama, desfilaram dois exemplares do Míssil Balístico de Alcance Intermediário chinês Dong Feng-3  com ogivas nucleares múltiplas de 50-100 kT. Os mísseis têm  alcance entre 3.500 a 5.500km.  Acredita-se que a Arábia Saudita já possua ao menos 24 Dong Feng-3.
Enquanto isto nossos políticos seguem as ordens de Washington para desarmar o País e desarmar a população.Começou com o Collor aterrando o poço de Cachimbo e prosseguiu com FHC assinando o Tratado de não Proliferação. Lula e Dilma nada fizeram para mudar isto. Convém lembrar que a Marina tentou encerrar o acordo nuclear com a Alemanha, e foi impedida pela Dilma.
A origem da nossa debilidade militar – A esquerda caviar, que ganha dinheiro mostrando a cultura da favela, mas gosta de passar férias em Angra e Paris, não vai reconhecer a necessidade de Força Militar, a menos que ganhe cachê para isso. Os internacionalistas, que sonham com um governo mundial (em benefício só do primeiro mundo) também jamais reconhecerão, pois não desejam um País soberano.
O plebiscito separatista no leste da Ucrânia pode ser justo, mas acende uma luz amarela para nós: Um dia a ONU/OTAN que lá se opõe ao plebiscito vai incentivar ou até exigir um nas nossas reservas indígenas, depois de terem expulsado os não-índios e os índios que querem ser brasileiros, o plebiscito votará pela independência. Então sentiremos novamente o DNA da maldita Marina.
Será que há uma segunda intenção? - Todos sabemos que as Operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) só dão certo quando  comando militar açambarca o poder político e judiciário na área enquanto durar a Operação. Caxias o exigia antes de atuar. Atuando como força auxiliar, nos arriscamos a levar as culpas do que der errado e quando as operações forem realizadas com objetivos políticos sempre dará errado. È possível que o uso das Forças Armadas nessas circunstâncias vise, entre outras coisas, desmoralizar a Força Militar pelo fracasso ou ao menos antagonizá-la com o povo a ser reprimido. Se quiserem que dê certo, que se deixe o comando com o Exército.
Assunto preocupante - Houve uma reunião tensa no Ministério da Defesa Representantes dos militares lembraram que todas as categorias que fazem paralisação conseguem ter suas reivindicações atendidas, mas os militares, que não fazem greves, permanecem com enorme defasagem salarial.

Política interna- Lula fala bonito, mas...
A fala de Lula: “Nós criamos um partido político foi para ser diferente de tudo o que existia quando nós criamos esse partido. Esse partido não nasceu para fazer tudo o que os outros fazem. Esse partido nasceu para provar que é possível fazer política de forma mais digna, fazer política com ‘P’ maiúsculo.” E continua: “Nós precisamos, então, voltar a recuperar o orgulho que foi a razão da existência desse partido em momentos muito difíceis, porque a gente às vezes não tinha panfleto para divulgar uma campanha. Hoje, parece que o dinheiro resolve tudo. Os candidatos a deputado não têm mais cabo eleitoral gratuito. É tudo uma máquina de fazer dinheiro, que está fazendo o partido ser um partido convencional.”
Enquanto isto, pelo menos parte dos dólares ilegais do PT seguiam para duas contas numeradas (60.356356086 e 60.356356199) do Trade Link Bank,  nas Ilhas Cayman. As duas contas seriam gerenciadas por “duas” pessoas: Felipe Belizario Wermusdit, de passaporte francês, e Felipe Belizario Wermusdit, de passaporte argentino. Ambas são Luis Favre, ex de Marta Suplicy.
A conta do Belizario argentino remetia dinheiro para a conta de Empire State Scorpus, em Luxemburgo, que tem uma subconta no Panamá, que passava pela off-shore OBCH Ltda, controladora do Hotel St. Peter, em Brasília, que ofereceu a Zé Dirceu o emprego de gerente administrativo com salário de R$ 20 mil.
Anteriormente circularam fortes rumores de envolvimentos de petistas com o sub faturamento na exportação de nióbio. Agora chegam notícias de envolvimento com o contrabando de diamantes e até de financiamento de tráfico de cocaína para a Europa.
Se o Lula quiser moralizar o PT terá que fazer um “expurgo estalinista”, só que em vez dos adversários, os alvos seriam partidários ladrões. Sobrariam poucos petistas.  Isto não significa que o partido do FHC ou o do Campos/ Marina sejam menos maléficos.

Desindustrialização
A nossa economia não vai tão mal em função de nossos recursos naturais e principalmente do agronegócio. Claro está longe do que deveria ser, por culpa dos ambientalistas radicais, da deficiente estrutura de transportes e dos as invasões de índios e do MST, ambos amparados pelos esquerdistas inconsequentes e pelas ONGs que seguem a orientação estrangeira. Contudo, a economia rural está avançando, mas outra importante parte da economia está em dificuldade: A Industria estamos nos desindustrializando e isto significa o não agregar valor às nossas commodities, renunciando ao desenvolvimento tecnológico e nos submetendo a oligarquia financeira mundial. A prosseguir a desindustrialização nos transformaremos numa rica colônia de exploração que se deixa manter subdesenvolvida e submetida aos interesses dos industrializados.
A atual desindustrialização tem dois tentáculos: O primeiro é a falta de proteção à industria nacional, submetida desvantajosamente à concorrência com produtos estrangeiros desonerados dos nossos onerosos encargos sociais e dos nossos juros, os maiores do mundo,- assim lá se vão nossas industrias e com elas os nossos empregos. Para corrigir este problema há que se recorrer ao protecionismo, sem esquecer-se de baixar os juros.
O segundo tentáculo deriva de estarmos cedendo tudo às transnacionais. Logicamente que é melhor para a economia que um produto seja fabricado aqui por uma multinacional do que importado, mas podemos nos inspirar no controle praticado pela China, onde o governo impõe estas condições para admitir investimentos estrangeiros em seu território: ser do interesse do país, associar-se a investidores chineses, trazer tecnologías de ponta e assegurar a transferencia da tecnologia.
O resultado é um desenvolvimento industrial como o mundo nunca viu.
Nos falta, para agir assim, uma definição dos Objetivos Nacionais e de uma política governamental para alcançá-los ou seja um projeto de nação que só tivemos no Império e durante parte do Governo Militar.
Ainda temos oportunidade. Se o nosso povo receber as informações corretas exigirá  decisões acertadas dos políticos e nos tornaremos de fato, um País Desenvolvido, Justo, Ordeiro Progressista e comprometido com valores da Civilização Cristã.
As riquezas minerais, especialmente o petróleo, continuam sendo o grande motivo de muitos golpes em diversas partes do mundo. É óbvio, há interesse por outras riquezas também. Há quem pense que apenas os EUA conduz todo o esquema de exploração dos países periféricos, desconhecendo o poder mundial de três centenas de famílias, incluindo algumas dinastias, que controlam a política e a economia de vários países e manipulam o  mundo todo, colocando e retirando governos em função de seus interesses, travestidos de interesses das nações civilizadas. Assim diversos países foram invadidos ou sofreram golpes patrocinados pelos EUA, França, Grã Bretanha etc.
 No Brasil, Getúlio Vargas, ao sair do poder em 1945, deixou créditos de cerca de US$ 500 milhões junto aos EUA e £100 milhões junto a Inglaterra. José Linhares exerceu a Presidência por seis meses, passando para o Marechal Eurico Gaspar Dutra que cedeu às pressões daqueles dois países devedores.
 O primeiro, os EUA, convenceram o Brasil a dilapidar os créditos em mercadorias que ainda não precisava, importando rádios de pilhas, geladeiras, iô-iôs, canetas esferográficas etc. sem aplicar em infraestrutura nem em bens de capital. O Reino Unido, “convenceu” a encampar a sucateada Leopoldina Railway, por quase todo o valor dos créditos, faltando apenas alguns meses para voltar para a União sem nenhum custo.
 Voltando à presidência, em 1951, Getulio imprimiu orientação de defesa das riquezas nacionais. Matou-se em 1954, após a aprovação da Lei 2004 (monopólio estatal do petróleo) e a limitação da remessa de lucros.
          Jânio Quadros caiu em 1961, após mandar limitar a remessa de lucros para o exterior e  João Goulart, foi derrubado não somente pela incompetência mas após editar decreto de limitação da remessa de lucros e medidas que desgostaram a oligarquia financeira mundial. Naturalmente, concorreram outros fatores, mas esses foram aproveitados, não a causa primária.
         No início do Governo militar, o grande capital internacional gozou de liberdade porém após impor medidas de defesa da autonomia passou a ser combatido em nome dos “direitos humanos”. No retorno ao Governo Civil, apesar da legitimidade conferida pelas urnas, os grandes grupos internacionais só ampliaram sua influência. Sarney, prudente, foi bastante dócil. Collor foi incisivo na implantação da política econômica neoliberal, mas foi FHC que aprofundou a desnacionalização da economia e de tal forma que indica não apenas estar cumprindo ordens, mas estar fazendo parte do “Governo Mundial” e comprometido com os seus objetivos. Não somente derrubou o monopólio estatal do petróleo como desnacionalizou todas empresas que pode, estatais ou não.
 Lula, covarde, aceitou a nomeação para a presidência do Banco Central  do indicado por David Rockefeller. Ao que parece recebeu “orientação da família Moreira Salles, testa de ferro da multinacional Molycorps que explora nióbio no Brasil para a ‘Oligarquia Mundial. Lula então passou a ser “o Cara” e a imagem do nosso País subia como um foguete em direção da sexta economia mundial até que a Dilma tomou algumas medidas nacionalistas, quando a imagem internacional se transformou como num passe de mágica.
Assustada e orientada por Lula, Dilma, passa a ceder o que não devia. Elevou os juros (os maiores do mundo) e as empresas nacionais foram adquiridas livremente, pelas multinacionais, que já dominam a rede de supermercados, lanchonetes, laboratórios, indústrias, distribuidoras de energia, telefonia etc. e privatizou em parte o pré-sal, mas não adiantará mais; já perdeu a confiança da Oligarquia Financeira e certamente será derrotada nas urnas. Caso vença alavancada pelo populismo inconsequente (marca do PT), seu governo será um inferno. Cederá tudo, tudo mesmo,ou será derrubada em uma revolução,  De quebra, se a oposição vencer, continuaremos a ceder. Será o original derrotando a cópia, até o presente momento não temos uma saída. Haverá uma?

Plataforma de um possível candidato ( omitirei, no momento, o nome)
1) Pela redução da maioridade penal;
2) Política de planejamento familiar;
3) Política de defesa da família (contra o Kit Gay);
4) Revogação total do Estatuto do  Desarmamanto;
5) Contra a indústria de demarcação de terras indígenas;
6) Contra o exame de Ordem (OAB);
7) Contra quaisquer tipos de  cotas (estimulam o ódio);
8) Pelo fim da ideologia nas escolas;
9) Valoração das Forças Armadas (contra a Comissão da Verdade);
10) Contra o Marco Civil da Internet (será regulamentado por decreto por Franklin Martins e assinado por Dilma);
11) Contra as atuais políticas de direitos humanos;
12) Contra o auxílio reclusão e
13) A favor do trabalho forçado em presídios.

 Que Deus abençoe o nosso Brasil
Gelio Fregapani
COMENTÁRIO GEOPOLÍTICO 196, de 11 de Maio de 2014 

 

ADENDO

 

A sanha do capital para se apropriar do nosso petróleo

 Inspirado no ditorial da edição 582 do Jornal Brasil de Fato


Até poucos anos atrás, o petróleo descoberto no Brasil mal atendia uma pequena parte das necessidades nacionais. Mesmo assim as margens de lucro despertavam interesses de todos .
No pré-sal o custo de produção é maior; 15 dólares por barril. Com a obrigatoriedade de transferência de royalties para a União e Estados, o custo totaliza 30 dólares. Com o preço internacional  de 100 dólares, o lucro de cada barril de petróleo é de 70 dólares, ou seja 133% sobre o seu custo. A taxa média mundial do lucro na indústria é de 15%.
É essa renda extraordinária que o petróleo deixam os capitalistas do mundo inteiro ensandecidos por sua apropriação privada!
As descobertas de mais petróleo no Brasil e as pesquisas do pré-sal coincidiram com o governo do FHC, subordinado aos interesses dos grandes capitalistas internacionais, que promoveu a a dilapidação da Petrobras. Caiu o monopólio da exploração do petróleo. Mudou-se a Constituição e agora o petróleo pertence à empresa que extrair e que pode, inclusive, exportá-lo, cru. Como já estão fazendo! Basta apenas pagarem a taxa de royalties ao Estado brasileiro. Até o ICMS sobre a exportação foi isentado pela lei Kandir. Vendeu as ações da Petrobras na bolsa de valores de Nova Iorque, e hoje se estima que o capital estrangeiro controle 40% do capital da empresa.
 Paulo Roberto Costa, agora preso pela Polícia Federal, colocado como diretor por FHC. e o genro do  FHC, nomeado presidente da Agencia Nacional de Petróleo  para garantir a desnacionalização, propuseram mudar o nome para PETROBRAX, para, internacionalizada, ser mais palatável aos gringos que não conseguem pronunciar “Petrobras”. Felizmente, a reação nas ruas, barrou.
Com  Lula houve fracos ensaios recuperar o patrimônio para a nação,  lamentavelmente junto com a ampliação da corrupção a varejo e a substituição dos técnicos por políticos incompetentes e  corruptos, que bastante prejudicaram o desempenho da grande companhia, mas a descoberta de que as reservas do pré-sal chegam a 70 bilhões de barris de petróleo, o que permite uma exploração de no mínimo de 50 anos, deixou de novo os capitalistas ouriçados. A possibilidade de lucro seria de 133%, (70 dólares multiplicados por 70 bilhões de barris). É isso que está sendo disputado. Acionaram seus cães de guarda no Congresso e na imprensa para aproveitar as mazelas realmente existente para agitar o mercado e que fazer as ações da empresa cair. Assim, eles cairiam em cima como hienas, para se apropriar do que sobrou da empresa.  Já ganharam em grande parte. Os governos petistas tem cedido na ânsia de diminuir a pressão internacional, com a entrega de 60% das reservas do campo de Libra, para a Shell e mais um tanto para uma empresa chinesa. A contribuição para  derrotar a  Dilma pode fazer parte do grande jogo, mas o objetivo desta operação é o lucro extraordinário. É bom perguntar a cada candidato qual o seu programa para a Petrobras. Que saudade da mobilização do povo brasileiro na década de 1950, que criou a Petrobras contra os interesses do capital estrangeiro e de seus porta-vozes locais – os mesmos de hoje –
Honra aos batalhadores históricos, liderados pelo Clube Militar, que lideraram aquela campanha. A Petrobras deve ser do nosso Brasil
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