terça-feira, 16 de novembro de 2010

O que nos espera amanhã?

Situações preocupantes
Temos juntos analisado o perigo da secessão das áreas indígenas criadas pelas ONGs estrangeiras. É conhecida sua formação, inicialmente inspirada pelo Reino Unido sobre jazidas minerais, para evitar a nossa ocupação e exploração; depois sua ampliação e multiplicação manipulada pelos EUA visando garantir o suprimento de minérios estratégicos quando seus dólares sem lastro não mais pudessem comprá-los. Já é bem conhecida a “Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas”, que na prática já assegura a independência das ditas áreas indígenas e a fraqueza do nosso governo ao enfrentar essa ameaça a nossa integridade territorial.

Acrescentando a ameaça de apoiar a secessão das “nações” indígenas (diga-se tomada das jazidas de minérios estratégicos) agora vem à luz a ameaça às reservas petrolíferas do pré-sal, cada vez mais clara através da OTAN, que pretende estender sua atuação ao Atlântico Sul. A ampliação atuação da OTAN à regiões distantes do Atlântico Norte, como o Afeganistão tem sido liderada pelos EUA.

Só um motivo pode haver para a expansão da OTAN sobre o Atlântico Sul: a ambição de controlar o petróleo do pré-sal. Assinale-se que os EUA não ratificaram a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, de 1982. Tecnicamente, isso os desobriga de respeitar os direitos brasileiros sobre a plataforma continental. Certamente entraremos em um campo de divergências, já que o nosso governo sabiamente rejeita a atuação da OTAN no Atlântico Sul. (As informações são do jornal O Estado de S.Paulo). O que podemos esperar do futuro?

Previsão científica do futuro (método “Delphos”)
Numa era de incertezas, com a ânsia de prever (e influir) nos acontecimentos, uma vez passado o tempo das profecias e oráculos, admite-se que o conhecimento da situação, das circunstâncias e da evolução provável pode embasar a tomada correta de decisões estratégicas. Em tempos modernos se considera que muitas vezes é possível prever acontecimentos, baseando-se em técnicas denominadas “Previsões Científicas Clássicas. Destacamos entre as técnicas, ou “Leis da Previsão”:

A da Inércia: Uma tendência costuma se prolongar O modo que vinha evoluindo no passado até o presente, se não houver um fato novo, continuará evoluindo da mesma forma no futuro próximo.

A da Analogia: Ou seja, a identificação do caso atual com casos já ocorridos. Os resultados tendem a ser semelhantes.

A da Causas e efeitos: Causas semelhantes costumam ter efeitos semelhantes

A do Pressagio: Uma sensação ou premonição de acontecimento futuro, que se sente, mas desconhecemos argumentos sólidos que possam confirmar

O moderno estudo dos cenários alternativos acrescentou os “fatores e agentes portadores do futuro”, isto é, os que podem alterar o cenário previsível, criando diversos cenários de acordo com o que possa acontecer, ou que possa ser provocado intencionalmente.

Dentro deste raciocínio podemos constatar:

Pela lei da Inércia – Os povos imperialistas continuarão com a tendência a tomar as riquezas dos demais, pelo comércio ou pela força.

Pela lei da Analogia – A crise financeira mundial apresenta alguma analogia com a Grande Depressão de 1929.

Pela lei da Causa e Efeito – Riquezas e recursos naturais com debilidade militar atraem ambições e guerras.

Pela lei do Pressagio – Muitos analistas sentem que algo está para acontecer, talvez envolvendo conflitos armados

Condições para haver conflitos (“Teoria Geral dos conflitos” – ESG)
Entre as principais condições, destacamos:

1) Existência de divergências intoleráveis e/ou possibilidade de ganhos significativos pelo uso da força por um lado ou ainda necessidade para a própria sobrevivência para uma das facções.

2) A existência de forças capazes de iniciar a ação e de oponentes com alguma capacidade de reação. Quando é muito pequena a capacidade de reação o conflito toma a forma de uma punição, e quando a capacidade de reação é significativa, o conflito pode até ser evitado (ou a agressão dissuadida) pela certeza do revide (ou retaliação),

-Evidencia-se que, na atual conjuntura, estão presentes todas as condições para haver conflitos, muitos envolvendo o nosso País: a necessidade de petróleo e de minérios estratégicos dos EUA, se torna uma questão de sobrevivência na medida em que a moeda deles (o dólar) não mais seja aceita; evidencia-se a possibilidade de ganhos significativos pelo uso de força militar, e a nossa pequena capacidade de reação militar é insuficiente para inibir até mesmo as potências médias, quanto mais aos poderosos EUA. Muito menos ainda a um conluio anglo-holandês-americano como esse que se apresenta respaldado pelos demais membros da OTAN.

Ainda que em passado recente tenha havido ações militares unilaterais anglo-americanas sem o respaldo da ONU (Segunda guerra do Iraque), sempre que possível procuram algum respaldo jurídico para fazerem o que querem fazer. Agora, se conseguirem, agirão através da OTAN, onde são predominantes

Lembrai-vos da guerra
Certa vez lembrou Kissinger: “Os povos do primeiro mundo não poderão viver como sempre viveram se não contarem com os recursos naturais do terceiro mundo, e terão que montar um sistema de pressões para os conseguir. Noutra ocasião, o presidente Bush II teria comentado que, na antiguidade, os povos vigorosos se precisassem de água, a tomariam sem se importar a quem pertenciam anteriormente; e que hoje, com o petróleo seria a mesma coisa. O pior é que ele tem razão.

Há pouco mais de um século nossa integridade territorial era garantida por nossos “aliados”, pois a jovem república era inerme e sem força. Como os ingleses eram os grandes beneficiários da borracha e do café, não tinham motivo para desmanchar o ”status quo”, e continham os demais ambiciosos. Agora a situação é outra. Lembremo-nos que a debilidade militar atrai desgraças. Se quisermos para nós os minérios da Amazônia e o petróleo do pré-sal tratemos de os explorar, pois como disse o grande Bismarck, riquezas em posse de povos que não podem ou não querem as explorar, deixam de constituir vantagem e passam a ser um perigo para seus detentores

15 de novembro
Não saúdo a data da proclamação da República. Considero-a como um indigno golpe positivista contra o melhor governante que tivemos. Transformou a forte e progressiva Nação numa dominada economicamente, inerme e quase esfacelada, que só por circunstâncias especialmente favoráveis manteve a maior parte de seu território.


Que Deus guarde a todos nós

Gelio Fregapani
Comentário nº 79
15 de novembro de 2010

4 comentários:

  1. A BBC Londres hoje teve um reporte acerca a investigacao da corrupcao da SAAB Gripen no caso com Africa do Sul: O procurador sueco teve somente dois investigadores - e nao era posivel chegar a uma conclucao. A Suecia de hoje - nao e a Suecia dos tempos de Olaf Palme. Hoje tem uma casta governante que funciona com para os intereses dos EUA, como exemplo o "Alternative Nobel Prize" ao inimigo mas importante do desenvolvimento do Brasil.

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  2. Outra operacao geopolitica para manipular os indigenas contra as nacoes do Sul: O projeito da "igreja" para uma "autonomia" guarani - em territorios do Brasil-Argentina-Paraguai-Bolivia. - Temos observado o encontro do Ministro Jobim com os representantes da OTAN. Interesante estudar tambem o publicado pela Fundacao Konrad Adenauer (Rio) acerca o debate - existe uma versao em portugues - e preciso estudar o que entenderam os alemaos (entenderam completamente bem!)- o Ministro Jobim falou completamente direito! A OTAN quer dominar as dos costas do Atlantico do Sul - da America e da Africa - e usar a cadeia das ilhas britanicas - Ascencion, St. Helena, Tristan da Cunha - Malvinas - South Georgias - para uma zona de "control" e "separacao" entre America do Sul e Africa. Alem do eixo EUA-Bretanha-Holanda - a Alemanha representa hoje um problema geopolitico para toda America Latina - porque aparece como o "Good Cop" (Policia Amigo) da EUA-NATO. As ONGs e "igrejas" alemas estao bem financiadas e ativas onde os de EUA nao podem operar devido a suspeita de subvercao como "Bad Cop" (Policia Ruim). Todos os partidos alemaos tem fundacoes operando na America Latina (FDP,CDU,CSU,SPD,Green,Linke)- o governo financia as fundacoes. Exemplo a CDU (Konrad Adenauer) tem bases em Rio,SP,Recife...

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  3. Alemanha! No mes pasado o debate na "Fundacao Konrad Adenauer" (RJ) entre o Ministro Jobim e o representante da OTAN, o general alemao Klaus Naumann (texto conhecio em "Defesanet" e a opiniao dos alemaos no jornal da Fundacao Adenauer (alemao e portugues). Este mes: O embaixador alemao Wilfrid Grolig (com outros embaixadores) na FUNAI em Manaus: Tema indigena. (Blog do Funai). Marina da Silva encontrou-se com TODOS os embaixadores da OTAN em Brasilia. Tema: Sustenbilidade. (Portal da Amazonia, - Rondonia). Este mes em Berlim/Alemanha a caravana da CIMI agitando acerca a disputa de terra dos Guarani-Kaiowa. Este mes em Alemanha - protesta contra Belo Monte com "online" (ate hoje 18,000) contra a Embaixada do Brasil. Organizado por "Regenwald.Org" com historia do bispo K. do Xingu e o "Alternative Nobel Prize" da Suecia.("Rettet den Regenwald") - Ha varios "jornalistas" alemaos permanentemente no Brasil que somente reportam propaganda contra o goberno e o desenvolvimento do Brasil: Alemanha e hoje no mundo o pais mas agitado (no sector popular)contra o Brasil. Na "Guerra Branda" contra o Brasil - os "jornalistas" alemaos sao os mais agresivos.

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  4. Em EUA, 25.12.: "Obama reversal on indigenous peoples rights stirs concern over legal claims" - (EUA no acordo da ONU dos direitos indigenas de 2007)...

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