terça-feira, 12 de outubro de 2010

10 bilhões de dólares; O efeito Marina; Quem rouba mais ; e Ainda sobre a Raposa.

Compra de 10 bilhões de dólares
A excessiva valorização do Real face ao Dólar acaba com a competitividade dos produtos nacionais. Isto todo o mundo sabe. É indispensável controlar tal situação, pois não só prejudica a exportação como facilita a importação, matando a indústria nacional e causando terríveis déficits na balança de pagamento.

Na tentativa de resolver o problema o setor econômico do Governo parece sofrer de debilidade mental; foi anunciada na imprensa a compra de dez bilhões de dólares para, diminuindo a quantidade em circulação no País evitar-lhe maior queda.

Que erro de avaliação. A queda do dólar é porque não mais merece confiança e muitos já não o aceitam. Será que só o governo não sabe que os dólares comprados vão perder o valor? Que vão virar pó? Que os dez bilhões transformados em Reais e lançados no mercado causarão inflação? Que chegava diminuir substancialmente os juros para frear a entrada de dólares, além de propiciar um bom superávit na balança de pagamento?
Francamente, que incompetência...ou quem sabe, corrupção

O efeito Marina
A senadora Marina Silva foi apresentada pela intelectualidade e pela mídia como a candidata ideal: mulher, religiosa, de origem humilde, comprometida socialmente, defensora do meio ambiente, honesta e sem o suposto radicalismo do PT, nem o suposto conservadorismo do PSDB. Seria a terceira via, embora dispusesse apenas de um monocromático programa ambientalista, em todo contrário ao interesse nacional.
Recebeu significativo número de votos, mas o peso político de Marina é menor do que os votos que recebeu e seu partido, o PV, é ainda menor que ela.
Além dos votos dos poucos ecoxiitas convictos, Marina recebeu voto de protesto. Tal como o Tiririca para deputado, dos que não estão satisfeitos com o PT nem têm saudades do PSDB. Foi falta de opção. Houve quem quisesse reduzir o poder do PT (o PMDB?) mas não arriscar a eleger o Serra, e de pessoas que votariam no PT até se sentiram traídas com a postura de seus caciques e aliados.
Os ecoxiitas convictos, majoritariamente internacionalistas iludidos pela propaganda ambientalista estrangeira, não passa de 5% do eleitorado brasileiro ou um quarto dos votos da Marina. Somente esses devem seguir a orientação dela no 2º turno, mas ambos os lados a estão cortejando. Certamente se comprometerão com seu programa de atraso ou comprarão o apoio do PV com cargos no governo
Pela minha parte considero que Marina, conscientemente ou não, só prejudica o nosso País. Traiu o povo brasileiro quando se posicionou contra o crescimento do país. Impediu por 6 anos a construção das hidrelétricas que o Brasil precisa para crescer. Impediu até hoje o asfaltamento das rodovias que precisamos para baratear o frete, e o barateamento do frete tornaria nossos produtos imbatíveis no mercado mundial. Por sua subordinação às ONGs e homenagens que recebe em Londres me dá a sensação que é de lá que recebe ordens. Acredito que o preço do apoio dela será o compromisso de não mexer no arcaico Código Florestal, evitando a aprovação da proposta do Aldo Rebelo.
Não consigo ver justificativa no esforço que ambos os candidatos fazem para cabalar a miserável meia dúzia de votos que ela conseguirá dirigir. Mesmo que fosse significativo ou até decisivo o número de votos que a seguiriam, nada justificaria uma traição ao progresso da Pátria

Quem rouba mais?A maioria de meus amigos, a título de uma “escolha de Sofia”inclinam-se pelo que consideram menos pior – O Serra. Os dois candidatos que passaram ao segundo turno declaram-se de esquerda. A Dilma, agraciada com a bolsa terrorista em valores muito superiores aos de suas indefesas vítimas e o Serra, tadinho, se declara o mais a esquerda. Ambos cortejam os outros dois seguintes, que também são de esquerda.
Essa escolha de Sofia tem, como disse o Dr. Fendel, o sabor do “leite menos podre”. Neste caso poderíamos escolher o candidato que represente o grupo menos desonesto.
Não conheço roubos pessoais dos dois candidatos (excetuando o do cofre do Adhemar), mas são conhecidos os de seus partidos; do PT o mensalão, a Erenice, o dinheiro na cueca e outros tantos. Do PSDB as falcatruas da privatização/desnacionalização, roubo de magnitude ainda maior. Fica novamente difícil escolher o “menos pior”. Certamente o pior será quem se comprometer com a Marina a não aceitar as indispensáveis mudanças no atual código florestal.
Desconfiando de todos eles, nem votei no 1° turno. No 2° turno votarei, - contra quem se aliar a ela e se comprometer com o “verde” programa do atraso. Não fosse a possibilidade de apoio da Marina a um dos candidatos, novamente não votaria

Ainda a Raposa
O processo de desnacionalização em Roraima está seguindo o rumo previsível.
Após a homologação da Raposa-Serra do Sol, as discussões sobre o assunto tem ganhado ainda mais força. A ONG Conselho Indígena de Roraima (CIR), vencedora da homologação, convocou um seminário pretendendo reunir todas as facções. A pauta foi marcada por questões como: “o que nós queremos com nossa terra homologada? Quais são os problemas? Como fazer? Com quem? O que vamos priorizar?”.
Poucos tuxauas compareceram. O pretexto foi a má conservação das estradas ao final do período chuvoso, mas a ausência de muitos tuxauas foi causada pela profunda aversão entre as diferentes etnias. Várias lideranças se mantiveram em suas comunidades e regiões.
Esta situação é fruto da divisão entre os povos indígenas de Roraima. Fortalecer a organização comum é o objetivo do CIR visando a criação de uma nação indígena que, tornando-se independente, seja dócil ao capital estrangeiro e garanta o acesso dos EUA aos escassos recursos naturais.
O trabalho assalariado foi permanentemente mencionado como complicador para a autonomia e a identidade dos povos indígenas. O CIR se opõe que índios trabalhem para não índios ( e que se casem com eles ou mesmo que tenham contato). A “Bolsa Família ou “bolsa preguiça”, foi usada pelo CIR como atrativo para a atração dos dissidentes, mas paradoxalmente contraria os objetivos de autonomia, mantendo-os dependentes.
A repressão, na Raposa, atuou com força esmagadora. O líder da resistência Paulo Quartiero havia sido preso. Na revolução Farropilha Bento Gonçalves também foi preso, mas isto não acabou com a guerra. Agora Quartiero foi eleito deputado Federal, com numerosos votos indígenas, principalmente dos que, com a expulsão dos não-índios, ficaram sem trabalho.
A entrega da Raposa ao estrangeiro ainda não está consolidada. Muita água ainda correrá debaixo da ponte.

Que Deus guarde a todos vocês
Gelio Fregapani

Comentário nº 76
12 de outubro de 2010

4 comentários:

  1. Que e o mas importante, hoje, na geopolitica e na defesa dos intereses do Brasil: A SOBERANIA para o Brasil dirigir seu desenvolvimento, manter o controle do territorio nacional, de atuar "independentemente" nas relacoes internacionais. Para o desenvolvimento - Dilma e Serra sao iguais, para atuar "independemente" nas relacoes Dilma com a politica formuala por Lula - e melhor: Serra tem um pe com os "turistas" do S.P. em New York e Miami. No controle do territorio nacional - todos os governos do Brasil tem errado: A declaracao dos direitos indigenas de 2007 ainda nao tem sido assinados pelos EUA e Canada - porque tem medo dos indigenas "independistas" nos seus territorios nacionais (os Mowhawk ate com passaporte internacional deles). O erro hoje na defesa e ficar na mentalidade da "Guerra Fria": O perigro para a soberania e independencia nao veem dos "Bolivarianos" ao contrario - eles tem a mesma analise. A filosofia dos Bolivarianos e diferente no programa social - mas e IDENTICO - na defesa dos territorios nacionais, e a "independencia" nas relacoes internacionais. Entao - hoje, 2010, o problema da direita, do centro, da esquerda - no Brasil, na America Latina - e o hegemonio dos EUA e seus aliados na Europa: Na diplomacia, no economia, na exportacao, no desenvolvimento, nas relacoes etnicas, o controle de territorios - os EUA e seus aliados da Europa mexem em todo na America Latina - seja contra governo da direita, centro, esquerda. O erro seria de se iritar contra outros governos na America Latina - e esquecer que o "problema" contra se concentrar e unir, veem de "fora"...

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  2. Gostaria de começar uma ONG que lute contra as ONGs extrangeiras que estao se instalando em nosso Pais para fims duvidosos. Gostaria de atraves dessa ONG levar essa informaçao a populaçao atraves de palestras e propaganda. Levar os casos mais graves ao STF e levar aos deputados propostas de emendas as leis e constituiçao vigente relacionados a nossa Soberania. Fostaria de lutar contra demarcaçao de terras baseado nos direitos Humanos e no crime do racismo, o qual nao deve ser particulamente aplicado a uma faixa especifica da humanidade mas sim para todos. Indios nao respeitam os direitos qu etemos de nos protejer contra o racismo aplicado por eles e incentivado por ONGs que os enganam. Se juntos levantarmos a bandeira conceguiremos mudar o Brasil. Longe de ser ingenuidade da parte dos nossos governantes, eles sabem os riscos mas fecham os olhos em troca do poder que os seduz. Meu e mail é fernando_penas@hotmail.com. Contatem me para juntos fazermos algo a respeito. Vamos criar nossa ONG e lutarmos pelo Brasil e sua Soberania.

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  3. 1. O "intervenionista" AVATAR James Cameron, mega-magnata de Hollywood, agora tem dito a Los Angeles Times: "Precisamos viver com menos!" Mas, veja o palacio onde mora o AVATAR e o inventario de seus veiculos motoricados, helicoptero, yate...veja youtube video "James Cameron Hypocrite". 2. "Avatar" James Cameron, propagandista geopolitico dos EUA, tem dito no Xingu aos indigenas: "Eu venho da minha civilicacao, e eu digo: Nao sejam como nos na nossa civilicacao. Ficai Voces na sua tradicoes de povos naturais!" -- O AVATAR nao sabia de que falava - veja o documentario "Sanda Terena Quebrando o Silencio" - em ingles "Sandra Terena Breaking the Silence" - acerca o infanticidio brutal na tradicao indigena amazonica (existia tambem na America Norte em algums etnias). A ARD TV da Alemanha tambem presentou outro documentario diferente: "Toeten aus Tradition" (Matar pela tradicao).

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  4. O novo governo Conservador na Bretanha ira cortar dramaticamente os gastos nacionais, e ate 8% nas Forcas Armadas. Mas interesante - os gastos para "International Development" seguirao sem cortar: Os ONGs - tem sua missao geopolitica - para os intereses da Bretanha...

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